Declarar guerra ao que é velho

Você pode se sentir a última pessoa da face da Terra, alguém pode ter dito a você: “Assim não dá mais, já tentei de tudo”. Porém, Deus não desiste de você.

É como uma mãe ou uma costureira que procura, com um pedacinho de imã, alfinetes que perdeu nos cantinho das gavetas ou nos buracos de casa e, com ele, recupera todos os alfinetes. Da mesma forma, Deus Pai quer resgata-lo, quer e esta atraindo todos os filhos constantemente.

O próprio Pai pegou Jesus nas mãos e colocou-o em todos os buracos onde estávamos ao longo da nossa vida: nas zonas de prostituição, na boca de fuma, nos lugares de perigo, nos bailes, nas casas de shows, nos botecos, bares… E, como um imã, Jesus nos encontrou. Nem sabíamos o que estava acontecendo, nessa as mudanças começaram a acontecer, e tudo o que vivemos ficou para trás. Estranhamos a nossa própria mudança e, quando percebemos, até nossas amizades eram outras. Nos encontramos com o Senhor.

“Não ofereçais mais vossos membros ao pecado como armas de injustiça. Pelo contrário, oferecei-vos a Deus como pessoas que passaram da morte à vida, e ponde vossos membros a serviço de Deus como armas de justiça” (Rm 6,13).

Para Deus, o que fizemos está no passado. Ele revela o Seu amor pelo pecador. Nos ama de tal maneira e com tal intensidade que não desiste de nós. Mesmo que nos comportemos como crianças birrentas, relutemos contra este amor, Ele insiste, persegue-nos, até que nos conquiste.

Veja o que São Paulo nos fala na carta aos Romanos:

“Onde, porém, se multipicou o pecado, a graça transbordou”(Rm 5,20)

Isto não significa que eu tenha de permanecer no pecado para a graça transbordar em minha vida.

Havia uma propaganda antiga que dizia assim: “tum… tum… quem bate? É o frio. Não adianta bater, que eu não deixo você entrar”. Quando o pecado bater em seu coração, na sua mente ou em algum órgão do seu corpo, pergunte “quem batem?” Se for o pecado responda: “Estou morto”.

Com a morte de Jesus na cruz, fomos batizados na vida nova que Cristo nos oferece, e o homem velho e a mulher velha também estão mortos.

Se o pecado bater na porta da sua casa, ou alguém o convidar para ir ao motel, ou ficar com um “gatinho ou um gatinha”, não tenha medo de dizer que você está morto para o pecado. É a Palavra de Deus que nos garante isto.

“Acaso ignorais que todos nós, batizados no Cristo Jesus, é na sua morte que fomos batizados?”

Com a ressurreição de Jesus, nós precisamos ter uma vida nova em Cristo: novas amizades, namoros novos, casamentos renovados. Mesmo os profissionais, os evangelizadores, os ministros de música, os pregadores precisam estar mortos para o pecado e vivos para Cristo.

Deixe o passado, os ressentimento. Uma pessoa ressentida vai ao passado constantemente e revive sentimentos, acontecimentos, brigas com os familiares, namoros que não deram certo e várias situações. Existem pessoas que gostam de ficar na fossa, ou acordar enfezadas.

Jesus, com Sua morte, sepultou o homem velho em você. Hoje somos homens e mulheres novos, com novas atitudes, novos pensamentos, novas propostas, novos projetos, novas amizades. Uma coisa muito boa na caminhada com Cristo são as novas amizades que fazemos, pessoas que o próprio Deus coloca em nossa vida: “anjos” que Jesus envia. Um dos maiores presentes que Deus nos dá são os amigos feitos na fé.

Deus nos dá a graça de nascer de novo para que o homem velho morra e nós nos lembremos daquilo que éramos, somente quando for necessário testemunhar para tirar alguém do buraco.

O testemunho arrasta as pessoas. Quando dizemos quem fomos e quem somos hoje, muitas pessoas são resgatadas por Deus. Vale a pena tocar no passado apenas para que as pessoas se voltem para o Senhor. Elas dirão: “Se ele pôde, eu também posso experimentar essa graça”. Até mesmo o esterco do passado, Deus usa para adubar o presente. Mas nosso passado se limita a ser lembrança apenas nessa situação, ou seja, para resgatar alguém, pois o passado ruim, e longe de Deus, para mais nada serve.

Precisamos declarar guerra constante ao homem velho. Testemunhando o homem novo, estamos combatendo o homem velho. Não precisamos ter vergonha do que éramos no passado. Jesus é o Senhor do nosso passado. Ele nos tirou do fundo do poço e fez-nos pessoas vivas pela ação do Espírito Santo e, agora, quer falar e agir por meio de você, sua vida, seu negócio, seu sorriso, seu silêncio, suas reações. Tudo fala, quando se tem uma vida nova em Cristo. Mesmo quieto, num ponto de ônibus você está evangelizando, pois a nova postura diz que você é de Cristo, ou seja, você é um ungido.

Compreenda bem isto: o nosso homem velho foi crucificado com Jesus Cristo. Assim, não somos mais escravos do pecado. Existem muitas pessoas dizendo ser donas do próprio nariz: “Faço o que quero da minha vida, vou para onde eu quero, fumo e bebo quando eu quero, sou livre”. Enganam a si mesmas, numa falsa liberdade, tornando-se cada vez mais escravas do pecado.

Você já viu touros com argolas no focinho? Geralmente, aquela região do animal é muito dolorida. Justamente porque são puxadas por uma vara colocada na argola, os bois são levados para qualquer lugar. E um touro enorme, forte, ao sentir dor, pode ser puxado até por uma criança. O inimigo faz a mesma coisa com aqueles que estão no pecado: coloca uma argola no nariz e fala: “Vem, se você é livre. Experimente isso, experimente aquilo”.

Imagine o que um vício poderá fazer com você e aonde o levará. Veja a sua altura, o seu peso. Você pensa, seus neurônios funcionam bem, você tem uma capacidade imensa de amar. Deus acredita em você e, às vezes, no entanto, você é dominado por um cigarro com medidas inferiores a um dedo da mão, e que contém veneno cancerígeno.

Não se deixe dominar pelos acontecimentos e muito menos pelos sentimentos. Não procure o caminho mais fácil. Não se submeta a um vício. O homem novo tem que prevalecer sobre o homem velho.

O homem velho foi morto e sepultado. Pela força do Espírito Santo, o homem novo ressurge: aquele que reza, canta, compõe, anda de bicicleta, joga basquete, dirige, ama e tem sentimentos.

Ninguém pode obrigá-lo a cheirar cocaína, a fumar, a trair a esposa, ou esposo. Em Cristo, você é livre, pois Ele foi pregado na cruz por você. Portanto, o pecado não reina mais em seu corpo mortal. Não ponha os seus membros a serviço da santificação do outro. Sei que é um desafio falar, escrever, pensar, agir, cantar desta forma. Se não for para servir, eu pergunto:Para que viver? Será apenas para chegar ao esgotamento físico?
Tem de haver algo maior, que é Jesus! Ele é tudo! Ele é o básico! Sem Ele, nada de bom podemos fazer!

Livro: “Sementes de uma Nova Geração”