Brasil: fé tipo exportação

A Igreja do Brasil vive um momento de reconhecimento internacional. O Vaticano deve concretizar na próxima terça-feira, um antigo sonho: a canonização de um de seus filhos. Trata-se de Madre Paulina, fundadora da Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição. A freira na verdade nasceu na Itália, mas emigrou ainda nova, aos 10 anos, com a família, para Santa Catarina.

Outro destaque verde-amarelo, foi a escolha de Dom Cláudio Hummes, cardeal arcebispo de São Paulo, para coordenar no Vaticano os Exercícios Quaresmais, dos quais participam o papa João Paulo II e a Cúria Romana. O encontro termina neste sábado. Antes dele, somente outro brasileiro, Dom Lucas Moreira Neves, em 1980, tinha exercido tal função. O convite, com certeza demonstra o prestígio de Dom Cláudio. E não é por menos: governar São Paulo não é pouca coisa. Trata-se de uma das cidades com o maior número de católicos do mundo. O religioso também substituiu Dom Paulo Evaristo Arns, um ícone da Igreja nacional.

Mas o bonito disso tudo, é que não se está fazendo nada “para inglês ver”. São resultados da imensa fé que permeia nossa população. Nossas comunidades são fervorosas. Nossas igrejas estão lotadas. Cresce o número de seminaristas e padres. A sociedade conta com a participação eclesial na construção de um país melhor, com contribuições como Campanha da Fraternidade, Romarias Sociais, combates a corrupção, fome, secas. Infelizmente em outras partes do planeta, os dados são diferentes e apontam para um enfraquecimento da influência cristã.

Quero dizer que o que começa a refletir lá fora é conseqüência de muito esforço, dedicação, religiosidade e evangelização aqui dentro. Madre Paulina e Dom Cláudio abrem a fila. Mas vem muito mais por aí. Quem viver, verá!

Redação: Osvaldo Luiz
Editor Chefe do Jornalismo Canção Nova
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