Amar verdadeiramente...

Quantas histórias nós temos ouvido a respeito de sofrimentos vivenciados em relacionamentos.

Quantos testemunhos de pessoas que saíram profundamente feridas de seus relacionamentos afetivos.

É o que mais temos ouvido falar. Temos visto as pessoas viverem, temos visto pessoas sofrerem e trazerem marcas ao longo de suas vidas.

Mas, porque isso acontece?

Na maioria das vezes temos ouvido essas pessoas dizerem que foram feridas por amar: simplesmente porque queriam amar.

Então porque as feridas, as marcas? Onde erramos? O que sabemos a cerca do amor?

Sabemos que o amor é Dom de Deus. E a cerca de Deus sabemos que Ele é AMOR!!!
Aí está a resposta: Deus é amor e esse Dom precisa ser vivido a luz de Deus.

Então, quando você se extasia com a beleza de alguém isso não é amor, é atração.
Quando você se sente profundamente envolvido por seus ideais e não se cansa de ouvir o que tem a dizer, isso não é amor, é admiração.

Quando você não deixa de pensar um só instante em alguém e quando o(a) vê sente a aquele frio na barriga e dentro de você explode aquele desejo de tê-lo(a) em seus braços, isso não é amor, é fruto da sua sensualidade e sensibilidade.

Amar também não é sentimentos, se não… Meu Deus! Amaríamos tão pouco, e não amaríamos aqueles a quem precisamos amar mais: nossos inimigos.

Estaríamos pecando contra o Evangelho.

É claro que atração, admiração, afeto são sentimentos que podem nos arrancar de nós mesmos e fazer-nos caminhar para o dom, porém, ainda não é amor.

Olhemos para Jesus. Ele diz: “Amai-vos uns aos outros como eu vos tenho amado”.

Agora olhemos para nós mesmos. Jesus nos ama assim, tal como somos: nas nossas misérias e limitações, porém se manifesta de várias formas para nos transformar.

Amar é justamente isso: olhar para o outro e sentir um desejo profundo de transformá-lo, de construí-lo, de levá-lo a perfeição.

Não quer dizer que devamos adequar as pessoas àquilo que achamos ser melhor. Isso não é amar, até porque onde existe de fato amor há transformação recíproca, mas é fazer com que o outro descubra aquilo que ele tem de melhor e que pode estar escondido.

Amar é uma decisão madura de dar-se ao outro, sobretudo para fazê-lo melhor.
Não nos enganemos pensando que amar é buscar ver dentre tantas limitações coisas boas em alguém – amar vai muito mais além: é fazer com que o outro se aproprie da promessa evangélica: “Sereis perfeitos como vosso Pai do céu é perfeito”; é dar ao outro a certeza de que ele pode chegar à perfeição.

Você pode estar se perguntando, então, como tudo começa? Como descobrir se é amor ou não? Podemos olhar nessa hora para nós mesmos e ver se existe uma disposição em dar mais do que em receber, em acolher do que ser acolhido, em estar com alguém sem se preocupar com tudo o que ela possa te oferecer, se existe em seu coração um desejo de fazê-la crescer e levá-la para Deus.

Você está de fato amando quando se preocupa em dar o melhor a quem ama independentemente de receber à altura. É claro! Mais uma vez eu repito: todos os sentimentos ditos antes (atração, admiração, afeição) são importantes para que haja a motivação de sair de si, de dar-se. São caminhos, porém não é o fundamento.
O fundamento é sobretudo querer dar, mais do que receber.

Quando as pessoas entenderem que a sede que elas possuem de amar é muito maior do que de serem amadas, vão poder experimentar o amor de verdade e receberão amor na mesma proporção.

Serão felizes!

Que Deus abençoe a todos no amor maternal de Maria.