Se amar fosse fácil, não haveria tanta gente amando mal, nem tanta gente mal-amada.
Se amar fosse fácil, não haveria tanta fome, nem tantas guerras, nem gente sem sobrenome.
Se amar fosse fácil, não haveria crianças nas ruas sem ter ninguém, nem haveria orfanatos, porque as famílias serenas adotariam mais filhos, nem filhos mal concebidos, nem esposas mal-amadas, nem mixês, nem prostitutas. E nunca ninguém negaria o que jurou num altar, nem haveria divórcio, nem desquite, jamais…
Se amar fosse tão fácil, não haveria assaltantes e as mulheres gestantes não tirariam seu feto, nem haveria assassinos, nem preços exorbitantes, nem os que ganham demais, nem os que ganham de menos.
Se amar fosse tão fácil nem soldados haveria, pois ninguém agrediria, no máximo ajudariam no combate ao cão feroz. Mas o amor é sentimento que depende de um ‘eu quero’, seguido de um ‘eu espero’; e a vontade é rebelde, o homem, um egoísta que maximiza seu ‘eu’ por isso, o amor é difícil.
Jesus Cristo não brincava quando nos mandou amar. E quando morreu, amando, deu a suprema lição. Não se ama por ser fácil, ama-se porque é preciso!