Advento...

Advento: tempo que começamos a contar os dias que nos aproximam do Natal do Senhor. Temos visto a realidade da vocação cristã; como o Senhor tem confiado em nós para levar almas para a santidade, para achegá-las a Ele, uni-las à Igreja, estender o Reino de Deus em todos os corações. O Senhor nos quer entregues, fiéis, delicados, amorosos. Nos quer santos, somente d Ele.

De um lado, a soberba, a sensualidade, o aborrecimento, o egoísmo; por outro lado, o amor, a misericórdia, a humildade, o sacrifício, a alegria. É preciso eleger, uma vez que tem sido chamado a uma vida de fé, de esperança e de caridade. Não se pode submeter ao alcance e ficar em um medíocre isolamento.

Em certa ocasião, vi uma águia em uma gaiola de ferro. Estava suja, meio desplumada; tinha entre suas garras um pedaço de carniça. Então pensei: o que seria de mim, se abandonasse a vocação recebida de Deus. Tive pena daquele animal solitário, preso, que havia nascido para subir muito alto e olhar de frente para o sol.Podemos achegar-nos até as humildes alturas do amor de Deus, do serviço a todos os homens.

Porém, para isso é preciso que não haja atalhos na alma, onde o sol de Jesus Cristo não consiga entrar. Temos que jogar fora todas as preocupações que nos apartam d’Ele; e assim Cristo em tua inteligência, Cristo em teus lábios, Cristo em teu coração, Cristo em tuas obras. Toda a vida – o coração e as obras, a inteligência e as palavras – repletas de Deus.

“Abri os olhos e levantai a cabeça, porque vossa redenção se aproxima”, temos lido no Evangelho. O tempo do Advento é tempo de esperança. Todo o panorama de nossa vocação cristã, essa unidade de vida que tem como cerne a presença de Deus, Pai Nosso, pode e deve ser uma realidade diária.

Peça comigo a Nossa Senhora, imaginando como Ela passaria esses meses, na espera do Filho que haveria de nascer. E Nossa Senhora, Santa Maria, fará que sejas alter Christus, ipse Christus, outro Cristo, o mesmo Cristo!