A grande aparição da Medalha Milagrosa

Na Capela da Casa Mãe, à rua du Bac, às 17h30min do dia 27 de novembro, as Irmãs do Seminário começam a sua oração, no mais profundo silêncio… Catarina está no meio delas. De repente, escuta, à sua direita, como o fru-fru de um vestido de seda de alguém que caminha. Levanta a cabeça e vê diante de si, acima da imagem de São José, a Santíssima Virgem. Ela a contempla com toda a sua alma!

A Virgem, de estatura mediana, está de pé; veste-se de branco aurora. O véu branco que lhe cobre a cabeça desce de cada lado, até os pés, deixando-lhe o rosto bem descoberto. Os pés apóiam-se numa metade de globo e pisam em uma serpente. Segura, à altura do peito, um globo de ouro encimado por uma cruzinha. Seu rosto é todo beleza… e os olhos estão voltados para o Céu.

Inesperadamente, em seus dedos, surgem anéis com pedras preciosas que emitem raios mais brilhantes uns que os outros e se vão alargando, à medida que descem. O globo que trazia nas mãos desaparece… Então a Santíssima Virgem muda de atitude. Abaixa os olhos para a terra, para seus filhos e, com bondade, vai presenteá-los com uma Medalha, com a sua Medalha. Maria deslumbrante de beleza e de luz estende os braços para o globo em que pisa.

Neste momento de comunicação íntima entre a Virgem e Catarina, um quadro oval se forma lentamente ao redor da Imaculada e em letras de ouro aparecem as palavras: “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós”.

No coração da vidente, faz-se ouvir esta voz:
“Mandai, cunhar uma Medalha conforme este modelo. Todas as pessoas que a trouxerem ao pescoço, com confiança, e rezarem com piedade esta oração, gozarão de proteção toda especial da Mãe de Deus e receberão graças abundantes”.

Em seguida, o quadro se vira e Catarina vê, maravilhada, o reverso de Medalha. A letra “M” encimada por uma cruz, tem na base uma barra. Abaixo do M, os Corações Santíssimos de Jesus e de Maria. O 1º coroado de espinhos e o 2º transpassado por uma espada. Ao redor, doze estrelas.
Uma voz interior diz a Catarina: “O M e os corações dizem o bastante”.