Amados irmãos e irmãs, nós fomos criados no amor e para o amor! Deus é amor. (1Jo 4, 8)
Mas, como falar do amor, da santidade, da alegria, diante de uma sociedade racionalista, egoísta, individualista, reducionista, violenta e cruel. Para muitos, isto parece loucura, permita-me dizer que loucura é encontrarmos pessoas que aparentemente, parecem estar bem, equilibradas, realizadas e fortes. No fundo, isto é uma máscara, pois na verdade sentem-se vazias, solitárias, fracassadas e não amadas. Como voz que grita no deserto, eu vos exorto filhos queridos, estando no mundo, não somos do mundo, afinal o mundo não pode nos satisfazer e muito menos nos realizar. Somente Deus é quem pode.
Portanto, com urgência, volte para o coração de Deus. Volte para a Igreja de Cristo. A única orientação do espírito, a única direção da inteligência, da vontade e do coração, para nós, é esta: na direção de Cristo, Redentor do Homem, na direção de Cristo, Redentor do mundo. Para Ele queremos olhar, porque só nele, Filho de Deus, está a salvação (R H, nº 07).
Cristo é salvação, luz, santidade e vida em plenitude. Nem todos, porém, vêem esta luz. A nós, cabe a tarefa maravilhosa e exigente de ser o seu reflexo. É o misterium lunae, tão querido à contemplação dos Santos Padres que usavam esta imagem para indicar como a igreja depende de Cristo: Ele é o sol, cuja luz reflete. Era uma maneira de exprimir o que Cristo disse quando se apresentava como luz do mundo (Jo 8,12) e pediu também aos seus discípulos para serem a luz do mundo (Mt 5,14). Este é um encargo que nos faz tremer quando olhamos para a fraqueza que, freqüentemente nos torna opacos e cheios de sombras. Mas, é uma missão possível, se expomo-nos à luz de Cristo, abrimo-nos à graça que nos faz homens novos (N M I nº54).
Padre Leandro Carlos Pereira Pároco da Paróquia São José
São José do Barreiro – SP