“A audácia dos maus se alimenta da omissão dos bons” (Papa Leão XIII). Os ativistas da Ideologia de Gênero não desistem de querer impor à sociedade brasileira, sobretudo aos jovens e às crianças, esta ideologia antinatural e perversa, impondo a nós, goela abaixo, que não existe sexo, num desrespeito ao que já foi aprovado pelas autoridades do governo há quatro anos.
O Plano Nacional de Educação foi aprovado pelo Congresso Nacional, excluindo dele a Ideologia de Gênero; e a Lei foi sancionada pela Presidente da República na época, em 2016. Ora, o assunto deveria cessar. Há uma definição clara e legal sobre a matéria. No entanto, os ideólogos que defendem essa má cultura, vencidos no campo legal, insistem em usar os meios jurídicos (STF) para insistir nesta tecla.

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Um partido político entrou com um pedido ao Supremo Tribunal Federal para que considere inconstitucional (ADI 5668) o que foi decido pelo Congresso Nacional e sancionado pela Presidente Dilma. E pede que a Ideologia de Gênero seja ensinada em todas as escolas do país de maneira obrigatória.
A feminista Simone de Beauvoir (†1986), uma das ativistas da Ideologia de Gênero, insistia em afirmar que: “Ninguém nasce mulher, torna-se mulher”.
O que a Ideologia de Gênero prega?
A Ideologia de Gênero é tão absurda, que não vai somente contra a Lei de Deus, que instituiu o casamento entre um homem e uma mulher (Gen 2,24), mas afronta também a genética, que revela que só há dois sexos naturais, caracterizados pelos cromossomos XX (mulher) e XY (homem). É um paradoxo impressionante: uma civilização que preza tanto pela verdade científica e tecnológica, rende-se a uma ideologia que prega exatamente o que é a negação da ciência.
A Ideologia de Gênero é algo tão absurdo, que só mesmo por caminhos desonestos e ditatoriais pode ser imposto à sociedade. É uma ideologia subversiva que derruba o Direito natural, desconstrói a pessoa, desnorteia a criança, destrói a família, o matrimônio e a maternidade; desse modo, fomenta um “estilo de vida” que incentiva todas as formas de experimentação sexual desde a mais tenra idade, inclusive a pedofilia e o incesto, defendidos sorrateiramente pela Simone Beauvoir e outras feministas.
É um projeto global que foi lançado na Conferência da Mulher, da ONU, na China, em 1995, e que tem por objetivo garantir que as crianças percam todos os pontos de referência. Tira delas o último reduto que permite a identificação com algo sólido e enraizado: a identidade sexual.
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Diferença entre homem e mulher
A diferença sexual é a origem da humanidade. A reprodução humana ocorre devido a essa diferenciação. O Estado não pode querer substituir os pais na educação das crianças, de modo que não tenham nenhum controle sobre os filhos. Pretende-se, na linha da cultura marxista, implantar uma ideologização da educação com fins perversos.
É preciso ler com atenção o que dizem algumas líderes feministas que defendem a ideologia de gênero:
Shulamith Firestone, feminista, em seu livro “A Dialética do Sexo” diz: “Devemos incluir a opressão das crianças em qualquer programa feminista revolucionário… Nossa etapa final deve ser a eliminação das próprias condições da feminilidade e da infância.”
Christine Riddiough – Presidente da Comissão Feminista de Socialistas Democratas da América [DSA Feminist Commission], grupo ativo na ONU: “A cultura gay/lésbica pode também ser vista como uma força subversiva, capaz de desafiar a natureza hegemônica da ideia de família. Isso deve, contudo, ser feito de modo que as pessoas não percebam o que estamos fazendo por oposição à família em si mesma. Para que a natureza subversiva da cultura gay seja usada com eficiência, temos que apresentar modos alternativos de compreender as relações humanas”.
O que diz a Igreja?
O Papa Francisco afirmou que a Ideologia de Gênero é “um erro da mente humana que provoca muita confusão e ataca a família”. O Papa lamentou a prática ocidental de impor uma agenda de gênero a outras nações por meio de ajuda externa. Chamou isso de “colonização ideológica”, comparando-o “à máquina de propaganda nazista”. Segundo ele, existem “Herodes” modernos que “destroem e tramam projetos de morte, que desfiguram a face do homem e da mulher, destruindo a criação.”
A CNBB alertou os católicos para o seguinte: “Com a ideologia de gênero, deixou de ser válido aquilo que se lê na narração da criação: «Ele os criou homem e mulher» (Gn 1,27). A introdução dessa ideologia na prática pedagógica das escolas trará consequências desastrosas para a vida das crianças e das famílias”.
Não cabe ao Supremo Tribunal Federal legislar sobre algo que já foi definido e sancionado por lei, em desrespeito ao Parlamento da Nação. Cabe ao STF fazer cumprir as leis e não as alterar.
Diante do que foi exposto acima, fica uma pergunta: o que nós podemos fazer? Vamos esperar em silêncio que tudo isso aconteça? Em Exôdo 14,15, “disse o Senhor a Moisés: Por que clamas por mim? Dize ao povo de Israel que marchem!”