Ter poder e autoridade é ser porta-voz de Deus, que fala e age de modo confiável, conforme era feito pelos profetas no Antigo Testamento bíblico. Jesus é apresentado pelos Evangelhos como modelo, com sinais que confirmavam e autenticavam Sua Palavra. Aproximam-se as novas eleições, momento em que teremos de escolher os próximos dirigentes. Eles devem ser pessoas acessíveis, coerentes e próximos das pessoas. Deverão ser porta-vozes de Deus e do povo, autênticas em relação ao que dizem e fazem.
O verdadeiro poder–autoridade é daquele que escuta Deus na consciência e leva em conta as necessidades do povo. É alguém cujas palavras são confirmadas pelos fatos, como o fez Jesus, ao se identificar com a vontade do Pai, sendo Messias–profeta. O povo via em Jesus o representante fiel de Deus. Ele era diferente dos escribas e fariseus, das falsas autoridades e exploradoras da comunidade. Tinha os poderes de Deus e isso era reconhecido por ser claro e transparente em tudo que fazia. Era confiável.
Deus deu poder a todas as pessoas livres. Quem age sem liberdade não age em nome de Deus e prejudica a comunidade. Aqui está a fonte de responsabilidade no momento das escolhas. É por isso que dizemos que “o voto não tem preço, tem consequências”. O reino da terra deve estar em sintonia com o Reino do céu. Os dois têm suas mediações que devem ser trabalhadas por todos nós. Entre elas podemos destacar a administração pública, o uso do poder e da autoridade, a vida de comunidade, de família, entre outros.
É muito importante estar preocupado com a causa do Reino de Deus, isto é, com a justiça e o bem do povo. As injustiças impedem o exercício da liberdade e dificultam a felicidade. Não podemos perder de vista o sentido último de tudo quanto fazemos. Deus está com quem é autêntico. Isso tem que ser reconhecido pelo povo, tanto na hora das escolhas como também acompanhando e cobrando na hora da administração. É fundamental construir uma sociedade cujo mal seja superado.