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Como administrar o orçamento familiar pós-pandemia?

Atualmente, vivemos um tempo turbulento e com muitas incertezas. A pandemia do coronavírus trouxe consigo uma crise econômica talvez nunca antes vista na história da humanidade. Se essa crise ainda não chegou até você, prepare-se. Pois, infelizmente, mais cedo ou mais tarde, ela chegará. A boa notícia é que, em tempos de crise, temos a chance de refletir nossos hábitos e a grande oportunidade de, juntos com Jesus, “fazer do limão” uma “limonada”.

O novo coronavírus surgiu na China e, providencialmente, a representação da palavra “crise” em chinês é composta por: perigo e oportunidade. Ou seja, esteja atento ao perigo e aproveite a oportunidade para rever a administração de sua vida e de seu orçamento familiar.

Aqui, proponho um simples modelo de orçamento que poderá ser colocado em prática: primeiro, separe o orçamento familiar mensal (total de rendimentos: salários, benefícios, outras rendas etc.) em 3 partes: 50% para as necessidades, 30% para os desejos e 20% para guardar. Após essa separação, liste os itens nas categorias: NECESSIDADES (mercado, conta de água, energia, condomínio, transportes), DESEJOS (férias, lazer, restaurantes, cinema, assinaturas) e GUARDAR (poupança, cursos, ações, fundos, reserva de emergência etc.).

Como administrar o orçamento familiar pós-pandemia?

Foto ilustrativa: golibtolibov by Getty Images

Orçamento familiar durante e pós-pandemia

A maioria das pessoas, após fazer essa lista, perceberá que o orçamento familiar está desequilibrado e que não haverá dinheiro suficiente para o total de despesas do mês. Para essas pessoas, eu dou 6 dicas que ajudarão na saúde financeira durante e pós-pandemia:

1. Tenha um caderninho ou uma planilha e corte os gastos desnecessários: diariamente, anote todo valor que entra e que é gasto (mesmo que seja algo pequeno como, por exemplo, lanche na padaria). Reze, peça a Deus discernimento e sabedoria para decidir o quê e como cortar os gastos (é o momento mais delicado, mas lembre-se de que Jesus está contigo no barco): pode ser a assinatura de TV, o aplicativo de streaming, as pizzas de sexta-feira, a roupa nova, entre outros.

2. Renegocie dívidas e contratos: se você paga aluguel, prestação de imóvel ou financiamento de veículo, aproveite o momento para renegociar com seus credores (bancos, imobiliárias, instituições financeiras). Como o momento está difícil para todos, preferirão receber um pouco menos do que não receber nada. Se você tem dívidas no cartão de crédito ou cheque especial, negocie a taxa de juros e priorize sempre o pagamento das contas que tiverem juros maior.

3. Use menos o carro e cozinhe em casa: além de economizar em combustível e em restaurantes (no local ou por aplicativo), ganharás qualidade de vida. O bolso e a saúde agradecerão.

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4. Venda ou alugue algo: aproveite este tempo para se desfazer de coisas que não usa mais. Alugue seu carro, bicicleta, vaga de garagem. Existem muitos aplicativos de venda de itens usados e para aluguel. Tire o “s” da palavra “crise” e “crie”.

5. Cuide da saúde (física, mental e espiritual): exercite-se, coma alimentos mais naturais, não se intoxique com o noticiário e mídias sociais; medite a Palavra de Deus e confie: Jesus, acalmando a tempestade, disse-lhes: “Por que sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?” (Mc 4, 40).

6. Fique atento às informações: na internet, siga fontes oficiais do governo e leia notícias em sites sobre economia. Muitos são os decretos e concessões que o governo está lançando para amenizar os impactos da crise.

Aguenta firme!

Em suma, aproveite este tempo de pandemia e de quarentena para reorganizar sua vida. Depois dessa tempestade, virá a calmaria e, como diz o monsenhor Jonas Abib: “Aguenta firme, meu filho. Aguenta firme, minha filha”.

Que Deus te abençoe!


Hugo Moura

Hugo Yamashita de Moura, natural de São Paulo (SP), é missionário na Comunidade Canção Nova desde 2014.

Engenheiro de Produção e Sistemas (Universidade Estadual de Santa Catarina) e MBA em Gestão de Projetos (FGV-SP), Moura, atualmente, é Gerente de Compras da Associação Internacional Privada de Fiéis (AIPF-CN) e professor de Judô na Cia. de Artes (FJPII-CN).