Dia Nacional do Abraço

Quantos abraços são necessários para sobreviver?

O abraço reduz o estresse, aumenta a proteção, dá a segurança, envolve a dor, consola o choro, acolhe a felicidade, direciona no medo, acalma o desespero, aquece o frio, libera o perdão e restaura a confiança. O abraço tem os mesmos braços que podem consolar um luto de uma partida, como podem segurar uma vida que acabou de nascer.

Dessa forma, as feições físicas ajudam a manter em harmonia as nossas emoções, e o abraço pode reduzir o estresse, pois, estimula a liberação de dopamina — “hormônio do prazer” —, bem como a serotonina — “hormônio do bem estar”—, e a ocitocina —“hormônio do amor”.

“Precisamos de 4 abraços por dia para sobreviver. Precisamos de 8 abraços por dia para nos manter. Precisamos de 12 abraços por dia para crescer” (Psicoterapeuta norte-americana Virginia Satir). Ao abraçar, promovemos benefícios para a saúde física e mental, tanto para si quanto para o outro que é abraçado.

Créditos: PeopleImages by GettyImages/cancaonova.com

Os abraços salvam vidas

Diversos estudos evidenciam que o abraço pode reduzir batimentos cardíacos, pressão sanguínea, tudo isso devido ao contato da pele que possui uma rede de centros de pressão que estão em contato com o cérebro, por meio de nervos que estão em conexão com vários órgãos, dentre eles o coração.

Dentro do abraço temos o contato que ativa os receptores de pressão da pele, os corpúsculos de Pacini, que respondem, principalmente, à pressão profunda, emitindo sinais para o nervo vago imediatamente. Há uma estimulação do nervo vago que desempenha um papel importante no sistema parassimpático, o que seria uma espécie de freio quando estamos com muito estresse.

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O afastamento causado pela pandemia de Covid-19

E ainda após a pandemia, muitos se encontram com receio de abraçar e de se aproximar, mas com toda essa explicação podemos perceber que o abraço nos causa mais benefícios do que malefícios.

Quantos abraços não dados, quantas vidas não tocadas, quantos corações não consolados; mas basta um olhar atento e um pouco mais demorado ao redor para perceber quem precisa desse abraço, e quem ainda pode ser abraçado.

Quando foi a última vez que você abraçou quem você ama? Os seus pais? Os seus filhos? O seu marido? A sua esposa? Os seus irmãos? Ou ainda aquele amigo que você tanto ama? Ou parabenizou alguém com um abraço bem dado? Ou consolou alguém?

Abrace agora!

No ano passado, após um acidente, eu precisei de uma cirurgia para conservar o movimento do meu braço, e também respeitar o tempo de repouso, sendo assim, eu tive de economizar nos abraços. E quanto isso me fez falta! A nossa vida é um brevíssimo segundo.

Se você pode abraçar, abrace agora! Se você pode amar, ame agora! Que sejamos lembrados pelo que fomos e agimos! Que possamos construir o nosso legado agora, começando pelas nossas atitudes a serem eternizadas aqui, nesta terra.


Rafaela Rodrigues

Rafaela Rodrigues, natural de Caçapava-SP, é missionária da Comunidade Canção Nova, no modo núcleo, desde 2018. Psicóloga desde 2017, Pós-graduada em Análise Existencial e Logoterapia Frankiliana. A missionária atua no Núcleo de Psicologia Canção Nova que tem por objetivo assessorar e auxiliar a formação dos membros desta instituição. E realiza pregações, bem como auxilia nos conteúdos midiáticos.