Será que todas as pessoas que demandam uma validação do seu comportamento estão inseguras, com baixa autoestima ou uma dependência? É muito interessante pensar em quão conceituados estão os comportamentos, as ideias e percepções, mas pouco se avalia o quão real são esses conceitos. Essa relação de validação e insegurança não pode ser associada a uma relação de causa e efeito. Pois uma coisa pode desencadear a outra, mas de forma alguma determina e limita a outra.
O fato de tratar-se de seres humanos, seres relacionais e sociais, leva-nos a uma certa necessidade de validação. Porém, essa validação não pode ser uma via que escraviza, que define, limita e adoece. É preciso conduzir com naturalidade essa realidade. Para bem compreender essa dimensão que apresento a você, convido-o a mudar a palavra validação por confirmação, pois dentro dessa realidade que refletimos, é isso que o ser humano está buscando, a confirmação. E veja o quão frequente ele existe na vida de todos e quão necessário.
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A validação na verdade é uma confirmação
Quando uma criança faz algo de errado e o pai ou a mãe reprova com o olhar, fala ou ações, é esta reprovação que diz: “Isto é errado, não vá por este caminho”. Quando essa criança cresce e inicia um tempo de relação social, e uma identidade vai sendo formada, são as aprovações e reprovações que vão orientando o caminho da boa educação, dos bons modos, valores, pois ninguém nasce sabendo tudo, e é por isso que precisamos desse auxílio que nos ajuda a compreender muitas das normas sociais e ajudam na construção tão necessária para a vivência das relações. E agora? Percebeu que essa questão da validação está em todos os lugares e, querendo ou não, elas permeiam as relações?
É importante entender que o problema não está na busca da confirmação, mas no excesso dela. Tudo vivido em excesso, dentro da saúde mental, pode gerar um adoecimento psíquico, assim como a alegria e a tristeza, que são emoções naturais e necessárias para o ser humano. Mas quando vivida em excesso, geram um quadro patológico de euforia e depressão, o que pode se aplicar à necessidade da busca de afirmação. A necessidade dessa busca gera uma vida sem vida, uma verdadeira escravidão e dependência.
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Confie em você
E como saber se chegou neste ponto? Olhando para suas atitudes e avaliando o quanto consegue tomar decisões e viver, sem depender do olhar e da orientação de outra pessoa. Você é capaz de sustentar seu pensamento e comportamento? É capaz de, dentro das normas sociais, valores e moral, ser coerente? Você consegue permanecer realizando sua tarefa, mesmo que ninguém venha dizer: “Parabéns, foi ótimo!” “Muito bem, você está no caminho certo.” “Você está linda (o)!” “Está correto o que você fez!”, ou precisa que alguém esteja sempre ao pé do seu ouvido confirmando seus atos? Este é o ponto! Percebe? Viver em função da aprovação.
É neste ponto que você não pode chegar, pois ele não é saudável. Mas saber que, de vez em quando, uma fala do seu colega de trabalho, do seu esposo (a), da sua mãe, pode ajudá-lo e não o torna escravo. Hoje, eu quis apresentar este outro olhar para você, caro leitor, para desmistificar um pouco desta visão destrutiva. Agora, busque o equilíbrio desta relação, que você colherá bons frutos.
Equipe Formação Canção Nova
