Quanto menor a criança, menos possibilidades ela tem para se defender do que acontece à sua volta. Certa vez, um neurologista comentou que, o cérebro dos pequenos na infância são como favos de mel vazios à espera de serem preenchidos.
Essa comparação nos ajuda a compreendermos o funcionamento cerebral infantil que, em desenvolvimento, até uma determinada idade, não tem condições de refletir sobre os fatos de sua vida e armazenará em sua memória aquilo que sentiu e percebeu sobre uma determinada situação, sem condições de filtrar o que é ruim, acreditando em tudo o que lhe for oferecido, sem qualquer avaliação. Portanto, muitas mentiras ela pode construir sobre si mesma a partir do que vem do outro.
Crenças negativas e limitantes na infância
Chamamos, na psicologia, essas construções mentais de crenças negativas e limitantes, podendo gerar um trauma, ou seja, uma mentira a partir do que foi vivenciado, principalmente em situações de risco, medo e insegurança.
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Se pensarmos no cérebro como favos de mel, o que lhe caberia para ser preenchido que não seja o mel? Mas nem sempre é assim! Sem condições de escolha, a criança aceitará tudo aquilo que lhe for oferecido e, no lugar de mel, muitas vezes receberá o fel. Essas experiências ficarão marcadas não apenas nas suas redes de memória, mas também no físico, determinando o seu comportamento para o resto da vida. Em vez de abrir-se para a vida, pensará de forma tão negativa sobre si mesma, que lhe restarão apenas culpas e condenações. Mesmo 20 anos mais tarde, dentro do cérebro “vive” uma criança ferida que não consegue dar conta da vida.
Assista:
Fomos criados livres e podemos escolher sobre o bem e o mal. Independentemente do que recebemos em nossa formação física e emocional, durante a infância, temos a capacidade de escolher e ressignificar nossas vivências.