Quando me dou o direito de pensar na vida, chego a conclusões que, dia a dia, mudam minha história e dão sentido aos acontecimentos que me cercam. Notícias inesperadas, agradáveis ou não, geralmente nos trazem grandes oportunidades para refletir.
A morte de alguém querido, por exemplo, mostra-nos como tudo é passageiro nesta vida e nos lembra que só temos o hoje para amar. Uma viagem a trabalho, justamente para o lugar onde sempre havíamos desejado ir, é um exemplo agradável. Nesse caso, as inevitáveis horas de espera entre aeroportos e rodoviárias nos dão a chance de refletir e identificar o valor que damos à vida e colher seus ensinamentos.
Gosto de pensar e me deparar com o que se passa em meu interior. E ao encarar minhas fraquezas e no esforço para não as condenar nem me condenar por tê-las, aprendo que posso ser melhor. Mas se não conseguir, não há razões para desespero. Deus me ama como sou!
O silêncio deste fim de tarde, chama-me ao recolhimento, assim me encontro com as descobertas de Willian Shakespeare – um dos mais famosos dramaturgos e poetas de todos os tempos. Ele imortalizou suas conclusões, escrevendo sobre elas, no século XV. Com certeza, sem imaginar que hoje me fariam tanto bem. Sigo seu exemplo e faço minhas suas palavras:
“Depois de algum tempo, você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão. E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso.
Aprende que falar pode aliviar dores emocionais. Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida. Descobre que devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pois pode ser a última vez que as vejamos. Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha. Aprende que, quando está com raiva, tem o direito de estar com raiva, mas isso não lhe dá o direito de ser cruel.
Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que o ame não significa que esse alguém não o ame com tudo que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas, simplesmente, não sabe como demonstrar ou viver com isso. Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás, portanto, plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores. E descobre que realmente a vida tem valores e que você tem valor diante da vida!”
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Sim, você tem muito valor! Suas fraquezas também. Pensar sobre isso, de vez em quando, faz muito bem a quem deseja acertar. Não viva por viver, valorize cada descoberta que já fez e perceba: elas lhe fazem ser como realmente você é: precioso!