No casamento, a vida sexual é algo muito sublime no plano de Deus
Antes de tudo, o casal cristão precisa conhecer bem o sentido do sexo no plano de Deus. Ele o quis. De todas as alternativas possíveis que o Senhor poderia ter empregado para gerar e manter a espécie humana, Ele escolheu a relação física e espiritual do amor conjugal. Deus quis que o casal humano fosse o arquétipo da humanidade e que sua geração fosse por meio da via sexual.
Além disso, por meio desse ato, Ele quis aprofundar o amor do casal. Então, a conclusão a que se chega é que Deus não só inventou o sexo, mas o dotou de profunda dignidade e sentido, por isso colocou normas para ser vivido de maneira correta, para que não causasse desajustamento e sofrimento. O Senhor quis que o ser humano fosse material e espiritual, algo como uma síntese bela do animal que apenas tem corpo com o anjo que apenas é espírito. E, dotando-o de corpo, quis que o homem fosse sexuado como os animais; porém, a sua vida sexual deveria ser guiada não pelo instinto, mas pela alma, e iluminada pela inteligência, embelezada pela liberdade, conduzida pela vontade e vivida no amor.
Leia mais:
:: Católico pode ir a motel?
:: As cinco fases do ato conjugal
:: Vida sexual no casamento, será que vale tudo?
:: A intimidade do casal e a realização sexual
A vida sexual é algo muito sublime no plano de Deus; por isso jamais um casal deve pensar que o Senhor esteja longe no momento de sua união mais íntima; pois esse ato é santo, santificador no casamento e querido por Ele. O amor conjugal tem um sentido único.
O amor entre dois seres do mesmo sexo, como pai e filho ou dois amigos não contém a complementação no plano físico. O uso do sexo, no seu devido lugar, ou seja, no casamento, bem entendido nos seus aspectos espirituais e psicológicos, é um dos atos mais nobres e significativos que o ser humano pode realizar; pois ele é a fonte da vida e da celebração do amor. A virtude da castidade, mais do que consistir na renúncia ao sexo, significa o seu uso adequado.
Fusão de duas almas
Diz o Dr. Alphone H. Clemens, Diretor do Centro de Aconselhamento da Universidade Católica da América, Washington, D.C., que o ato sexual “é um ato de grande beleza e profunda significação espiritual, pois o amor conjugal entre dois cristãos, em estado de graça, é uma fusão de dois corpos que são templos da Trindade, e uma fusão de duas almas. Por outro lado, usado com propriedade, torna-se fonte de união, harmonia, paz e justamento.
Intensifica o amor entre o esposo e a esposa, funciona como escudo contra a infidelidade e a incontinência. A personalidade humana integral, mesmo nos seus aspectos sobrenaturais, é enriquecida pelo sexo, uma vez que o ato do amor conjugal também é merecedor de graças.” (Clemens, 1969, p. 175)
Afirma Raoul de Gutchenere em “Judgment on Birth Control”: “Foi reconhecido, há já bastante tempo, que as relações sexuais produzem efeitos psicológicos profundos, especialmente sobre a mulher, uma vez que o esperma absorvido por seu corpo desempenha um papel dinamogênico, promovendo o equilíbrio. De modo geral, o ato de amor conjugal provoca o relaxamento, o vigor, a autoconfiança, a satisfação e a sensação geral de bem-estar, de segurança e uma disposição que conduz ao esquecimento de atritos e tensões de menor importância entre o casal.” (Apud Clemens, p. 177)
Não é à toa que São Paulo, há 2 mil anos, já recomendava aos cônjuges cristãos: “não vos recuseis um ao outro, a fim de que satanás não vos tente”. (1Cor 7,5)