Todos os dias o sofrimento bate à porta de milhares de pessoas. Todos os dias soluções ou analgésicos são procurados para atenuar a dor. Todos os dias, certamente, nos questionamos sobre o sentido das aflições.
São João Paulo II, na Carta apostólica Salvifici Doloris, diz que ‘o sofrimento desperta compaixão e também respeito e, a seu modo, intimida. De fato, nele está contida a grandeza de um mistério específico. À volta do tema do sofrimento, há dois motivos que parecem aproximar-se particularmente e unir-se: a necessidade do coração ordena-nos que vençamos o temor e o imperativo da fé fornece o conteúdo, em cujo nome e em cuja força ousamos tocar o que parece tão intangível em todos os homens; é que o homem, no seu sofrimento, continua a ser um mistério intangível’ (nº 4).
A verdade é que, o sofrimento, seja ele físico, psíquico ou espiritual, é um companheiro de viagem para toda a vida, quer queiramos ou não. Mas, em caso de dúvida, o melhor é nos prevenirmos, de modo a nos conscientizar de que ele faz parte da nossa natureza humana.
O sofrimento nos aproxima de Deus
Sabemos que Deus não quer o sofrimento para os seus filhos. Mas, por vezes, permite a dor para que, por meio da sua pedagogia divina, tenhamos consciência da nossa condição frágil. Experimentemos a recordar: não será nos momentos de maior sofrimento que recorremos mais rapidamente a Ele e colocamos nas Suas mãos o nosso agir? Não será nesses momentos que nos aproximamos d’Ele e Lhe perguntamos o que quer que façamos?
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Deus quer a nossa felicidade; e a nossa felicidade é fazer a vontade de Deus. O problema é que, por vezes, teimamos em sermos senhores da nossa vida, colocando-nos no lugar de Deus. Perante o sofrimento é preciso agir. Na dor temos de apostar na vida e sair da doença, da tristeza ou da opressão.
Padre José Carlos Nunes
Fonte: Revista Família Cristã/Portugal