Muito se falou da “era da imagem” e de sua exaustiva preocupação com a estética, com as formas, os brilhos e as luzes. Muita gente foi atrás dessa busca por uma imagem perfeita e uma forma agradável para os olhos de terceiros. Muita gente se perdeu na luta frenética, para ter a “imagem mais atraente”, mais desejada e cobiçada.
Embora não tenhamos saído da “era da imagem”, já começamos a viver o drama de outra era: “a era da exposição”, a necessidade obsessiva de ser notado, a compulsão por “likes” e “compartilhamentos” daquilo que foi exposto. E que angústia quando aparece um “nada” de visualizações naquilo que colocamos na internet para ser notado e compartilhado!
Há uma confusão entre o que é a imagem pública e o que deve ser privado
Pode até parecer piegas, mas as pessoas se esqueceram de que temos uma imagem com quem nos comparar, pois somos a imagem perfeita de Deus, e Ele nos nota, Ele nos vê. Somos imagens d’Ele! O Senhor nos “curte” e quer “compartilhar” conosco Sua vida, que é verdadeira, e não uma ficção barata de seriado com roteiros confusos. Há pessoas que esquecem isso tudo e ficam mendigando um “like” numa foto sensual que colocou de si mesma na rede.
Cresce, a cada dia, o número de fotos sensuais nas redes de relacionamentos. Há uma confusão entre o que é público e o que deve ser privado. As pessoas colocam “suas belezas” nas redes e transformam histórias lindas em um the end triste e vazio. Em busca de um desejo insaciável de serem notadas, há pessoas que estão se “vendendo” em busca de atenção e reconhecimento.
O desejo de ser notado
O que move esse desejo de ser notado? O que está por trás de alguém que se expõe de tal maneira? O que rola nessa mente e nesse coração?
Não tenho receio de dizer que é o desejo de escutar: “Como você é bom! Como você é belo! Como você é…” No entanto, mesmo escutando ou lendo tudo isso, por que ainda permanece esse desejo e tem-se, cada vez mais, necessidade dele? Resposta simples: na era da exposição, a insegurança é o maior sintoma; a dúvida e a incerteza de ser quem é continua no coração daquele que não foi conquistado pelo amor de Deus. Na foto sensual de alguém, na internet ou no vídeo obsceno que foi postado, está mais que uma opção pelo pecado, há um coração querendo aprovação e uma alma ferida querendo cura.
Se pornografia era algo comprado na banca de revistas da esquina ou alugado numa locadora – escolhido numa sala onde havia o escrito “proibido para menores de 18” –, hoje, basta passar 10 minutos no mundo virtual e haverá centenas de estímulos para acessar algo que fere a imagem do corpo e da sexualidade.
Veja também:
::O fenômeno da novas mídias digitais
::Superexposição na rede: nosso sagrado em perigo
::‘Sexting’: falta de limites e tecnologia
O vazio da busca por likes
O pior é quando você tem, na timeline das suas redes sociais, uma avalanche de fotos e vídeos de pessoas desejosas de “likes”, as quais, infelizmente, ficaram apenas com o corpo para ser exposto, tentando um pouco de atenção!
É momento de “expor” os valores e a verdadeira beleza de alguém que foi conquistado pelo amor de Deus. A cada foto postada ou vídeo enviado, deve haver uma boa pergunta: “Qual a necessidade por trás dessa foto ou desse vídeo?”.
Sua timeline fala daquilo que o seu coração está cheio!
Tamu junto!