A natureza da verdade bíblica
O propósito da Bíblia
A Bíblia não se destina a ser um livro de história, etnologia (estudo das raças) ou ciências. Ela é, fundamentalmente, um livro de verdades religiosas.
A interpretação de Gênesis e a criação
Quando o Gênesis, por exemplo, narra que Deus criou o mundo em seis dias, não se trata de um relato literal. Essa é a maneira pela qual o escritor sagrado expressou que Deus criou e desenvolveu o mundo progressivamente.
Perspectivas científicas sobre a origem do universo
Atualmente, sabemos que o universo material surgiu através da evolução. A teoria do Big Bang, que descreve a origem desse universo, foi desenvolvida por um padre da Igreja, Georges Lemaître, que era doutor em astrofísica e trabalhou com Albert Einstein. Esse universo tem aproximadamente 14 bilhões de anos, culminando no surgimento do ser humano.
A evolução na visão teológica
A evolução não é obra do acaso, mas o resultado de um desejo divino que infundiu na matéria o poder de se desenvolver, levando à formação da humanidade.
Buscando verdades religiosas, não detalhes históricos
A Bíblia, portanto, oferece verdades de natureza religiosa. Questões como “com quem Caim se casou?” não devem ser procuradas nela, pois a Bíblia não se propõe a explicar tais detalhes. O autor sagrado, ao registrar a história de Caim, o fez muito tempo depois dos eventos originais envolvendo Adão, Eva e Caim.
Assim, a Bíblia deve ser consultada para verdades religiosas, e não para informações científicas.
A conexão entre verdade religiosa e científica
Contudo, existe uma lógica que conecta a verdade religiosa e a verdade científica; elas não são completamente desconectadas. Os “seis dias da criação”, por exemplo, simbolizam o processo pelo qual Deus foi gerando o mundo, seguindo uma sequência: a luz, o elemento árido, a água, o solo, os animais, culminando no ser humano.
Transcrito e adaptado por Jonatas Passos