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Subida do Monte Carmelo

A subida do Monte Carmelo: a jornada prática para a união com Deus segundo São João da Cruz

Neste programa, vamos explorar a espiritualidade e a obra de São João da Cruz, um santo do século XVI que revolucionou a Igreja Católica, em especial em seus ensinamentos sobre oração, sendo considerado doutor e mestre.

 Um guia para a prática da oração

A obra ‘A Subida do Monte Carmelo’, de São João da Cruz, é essencialmente um guia prático a respeito da oração e da busca pela santidade através da união com Deus. Se você deseja ser santo, o que deve fazer? O que depende da sua força, da sua vontade, empenho e luta? Qual decisão e atitude devem ser tomadas na busca dessa união com Deus? Ao responder essas questões, São João da Cruz utiliza a metáfora da escalada de um monte para ilustrar as etapas e os desafios que o cristão enfrenta na busca pela santidade.

As etapas da subida: esvaziando-se para encontrar Deus

Ao entender esse aspecto prático, que é nossa parte ativa, da subida do monte, podemos traçar um paralelo com a forma como Santa Teresa de Ávila, em sua obra, descreve as sete moradas do castelo interior. São João da Cruz também detalha o monte em etapas de subida. Nessas etapas, de forma prática, ele nos convida a uma busca pelo nada, um esvaziamento da própria vontade. Se buscarmos o Tudo, procuraremos o nada; se quisermos ser amados, amemos os outros e não esperemos nada de ninguém. Assim, o desafio para a subida do monte, pelo esvaziamento, é uma luta para nos esvaziarmos da nossa própria vontade, unirmo-nos à vontade de Deus e a vivermos, para que essa possa se manifestar em nós.

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A prática: um caminho de esforço e esvaziamento

O primeiro livro gira em torno da resposta para as seguintes questões: O que devo fazer, na prática, para ser santo? Como deve ser minha espiritualidade? Como deve ser a busca pelas virtudes? Como deve ser minha prática de oração e vivência dentro da Igreja? Conforme você sobe e avança as etapas do monte, você se depara com esses aspectos ativos, mas também os passivos do processo. Os aspectos passivos eu contarei na segunda parte.

Transcrito e adaptado por Jonatas Passos


Rafael Vitto

Rafael Vitto, seminarista CN. Graduado em Filosofia e estudante de Teologia. Atuante na paróquia São Sebastião em Cachoeira Paulista.