“Quanto mais entendo sobre a morte, mais aprendo a viver.” Ouvi esta frase entrevistando a tanatóloga Wilma Torres, já falecida, que dedicou toda a sua carreira escrevendo e ministrando aulas sobre a morte.
Realmente, a morte é o contraponto da vida, e neste dia em que nos relembramos dos mortos, é inevitável não lembrarmos das pessoas que partiram e deixaram marcas em nossa vida. Perder quem amamos faz com que sintamos muitas emoções como raiva, culpa, tristeza, não aceitação e até mágoa de Deus. Mas a morte não pode se transformar em um trauma que nos cega e bloqueia tudo que a pessoa nos deixou de bom.
Reviva as belas memórias
Eu o convido, nesta semana, a enterrar todas as marcas negativas que a morte possa ter deixado, como os momentos de doença, das não despedidas, do quanto poderíamos ter amado mais e não amamos. Ao enterrarmos as memórias negativas, ressuscitemos as memórias positivas. No México, o Dia de Finados é celebrado com muita alegria e festa, relembrando as pessoas amadas que se foram. No Brasil, as orações são mais intensas nesses dias, mas eu o convido a trazer as mais lindas memórias. Não é justo enterrarmos o que foi bom.
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Quem se foi é o que deixou. Que celebremos, nesta semana, essa vida doada. Que possamos rever as fotos reais e as da nossa mente de momentos únicos e irrepetíveis. Que sintamos sim a saudade de quem partiu, mas que, em breve, iremos reencontrá-los. Breve, porque o tempo é breve, a vida é breve e precisa ser vivida intensamente. Tenho certeza que este é o desejo para você de quem se foi.