A primeira pergunta a se fazer é: esse namoro é para dar certo?
Ás vezes, existem pessoas que querem fazer um namoro falido dar certo. Queira que seu relacionamento dê certo, somente se voc ê ama essa pessoa com as qualidades e defeitos que ela tem e esteja disposto a conviver com tudo isso pelo resto de sua vida. Outro ponto importante é: os dois querem que essa relação progrida? O relacionamento é feito a dois. Quando um só quer, não adianta!
Agora que já falamos de pontos essenciais, vamos prosseguir para algumas dicas que podem ajudar um relacionamento a dar certo.
Construir uma amizade
Quando o namoro começa a partir de uma amizade, tem muito mais chance de dar certo. Se ele não começou dessa forma, é preciso ir construindo essa característica dentro do relacionamento. “O amigo fiel é uma forte proteção; quem o encontrou, deparou um tesouro” (Eclo 6,14).
A pessoa que está ao meu lado precisa ser o companheiro de todas as horas, dos dias bons e maus. Precisa ser aquele com quem se pode ser livre, não precisar esconder nada, aquele que sustenta nas dificuldades, acolhe no abraço, corrige, ajuda a superar situações, que conhece as fraquezas e forças. “O amigo fiel é um bálsamo de vida e de imortalidade, e os que temem o Senhor acharão um tal amigo” (Eclo 6,16).
Caminhar para o mesmo rumo
É preciso saber as aspirações de cada um para saber se tem “liga”, se os planos para a vida combinam, se a forma de pensar é harmônica. Não precisa ser igual ou os dois sempre concordarem com tudo, porém, precisa ter harmonia. E quando as opiniões divergem muito, alguém pode ceder ou encontrar o meio-termo. Por exemplo, não dá para um querer juntar dinheiro para o casamento e o outro ser gastador. É preciso decidir junto e abraçar a causa escolhida por ambos.
Dialogar sempre
Segundo o dicionário, dialogar significa fala em que há a interação entre dois ou mais indivíduos; colóquio, conversa. Portanto, dialogar não significa gritar, esbravejar, eu falo e você escuta. Não! dialogar é com calma, um ouvindo o outro.
“É do fruto de sua boca que um homem se nutre; com o produto de seus lábios ele se farta. Morte e vida estão à mercê da língua: os que a amam comerão dos seus frutos” (Provérbios 18, 20-21). Um relacionamento é alimentado por boas e longas conversas. Algumas vezes, diálogos mais intensos, outras vezes, bate-papos mais descontraídos. Na conversa, se conhece a história, as raízes, os gostos, desgostos, boas e más experiências. É preciso disposição para ouvir o outro e também para dizer. Muitos casais esperam que a outra parte adivinhe o que se quer, as expectativas, os sonhos, e isso não existe!
É também no diálogo que se decide situações, traça-se metas de vida, afina o rumo, entende atitudes e modo de pensar de cada um, resolve problemas, se expõe defeitos e pontos a serem melhorados. Há relações que dão muito errado porque todo mundo sabe dos problemas, menos quem realmente tem de saber: o namorado ou namorada. Não dá para falar mal ou falar dos problemas do seu namoro para outra pessoa. Quem vai, ou ao menos deveria resolver, é quem você namora.
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No relacionamento, os sexos são opostos, porém, precisa-se entender que não é uma oposição de briga. O masculino e o feminino se complementam. A mentalidade de que o masculino e o feminino se disputam precisa ser rompida, isso é mundano. Entende que não dá para querer namorar uma pessoa e tratá-la como inimiga? Como alguém que precisa medir forças a todo momento? A guerra dos gêneros impôs essa rivalidade entre homem e mulher. E nós, como cristãos, devemos extingui-la do nosso meio. “Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros” (Jo 13, 35).
Ainda que você pense: dentro de mim não há esse sentimento. Busque fundo, averigue se não há mesmo, reflita sobre o relacionamento dos seus pais ou das referências de casais à sua volta. Se não houver nenhum resquício de rivalidade, amém! Bendito seja Deus. Porém, se houver, decida-se a lutar contra, busque o Senhor, peça a cura interior.
Corrigir-se
Aqui, na Canção Nova, em nossas regras internas, o monsenhor Jonas nos ensina que cada um deve procurar corrigir em si mesmo o que não contribui para a vida fraterna. Faço dessas palavras as minhas quanto ao namoro. Não se pode ter “Síndrome de Gabriela”— nasci assim, vou morrer assim —, não! Pelo contrário, deve-se evoluir dia a dia. Para nós, católicos, existe uma palavrinha acertada para isso: a conversão. O objetivo de mudar os maus hábitos é por Deus, por nós e pelo outro. Quem convive conosco merece a nossa melhor versão. Por isso, não dá para estagnar.
Rezar
“Só com o acolhimento do evangelho encontra realização plena toda esperança que o homem põe legitimamente no matrimônio e na família” (São João Paulo II). O Evangelho nada mais é do que o próprio Cristo. O namoro caminha para o matrimônio e, consequentemente, para a formação de uma família. Esse casal, essa família será plenamente feliz e realizada, somente se Cristo ali morar, se Ele fizer parte, se for o centro.
Cada um precisa trilhar seu caminho de intimidade com o Senhor particularmente e também como casal, pois precisa ser Jesus a colocar os alicerces no relacionamento, para isso, é preciso ouvi-Lo, buscar n’Ele os direcionamentos, correções, consolo, ordens e inspirações. É um caminho a se percorrer que deve começar no namoro.
Amar
Parece óbvio, não é!? Amar! Mas é preciso purificar o significado da palavra amor nos dias de hoje. Não vou falar muito a esse respeito, vou deixar que São Paulo e o próprio Deus fale ao seu coração. A seguir, vou deixar o trecho de Coríntios, onde o apóstolo define amor. E o convite é para que você substituía a palavra amor pelo seu nome. Veja se você já ama como Nosso Senhor pede para amar.
“O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (1 Cor 13, 4-7).
Espero que essas dicas tenham te ajudado no namoro e, em breve, no matrimônio!
Rogéria Nair
Missionária da Comunidade Canção Nova