Os relacionamentos afetivos são marcados por todo um ritual de aproximação, de apaixonar-se, de perceber no outro aquilo que lhe encanta e faz a diferença na percepção do outro. É nesse encontro que se fazem os vínculos, e o relacionamento vai se estruturando, se mantendo, então, as diferenças vão sendo percebidas a cada situação em que o casal é exposto.
Aí está o valor do namoro: ao reconhecer no outro as diferenças e as semelhanças, o casal tende a se fortalecer ou mesmo compreender que, a partir dessas percepções, o relacionamento não pode mais seguir em frente.
Muitos são os motivos que levam ao término de um relacionamento e, muitas vezes, notamos que existe até mesmo pouca tolerância em suportar dificuldades, frustrações, ou mesmo que prevaleça uma visão mais egoísta que não permite que o relacionamento siga em frente. Bem, mas este tema fica para um outro momento.
Como os homens e mulheres sentem o fim do relacionamento?
Mas homens e mulheres possuem formas diferentes de sentir o término de um relacionamento? Muitos acreditam que homens recuperam-se de um término mais rápido, enquanto as mulheres demoram mais tempo para uma recuperação da perda, pois firmam vínculos e buscam compreender motivos do término, aspectos de culpa etc.
Por não terem passado pela mesma história de vida, incluindo a variável de que homens e mulheres são criados e se relacionam com a sociedade de forma muito distinta entre si, ambos têm percepções diferentes sobre o relacionamento, casamento e término. Isso implica que cada um atribui um significado diferente para a mesma palavra.
Pesquisas feitas por várias universidades revelam que: mulheres, por sua natureza, tendem a firmar vínculos mais fortes, escolher uma pessoa e buscar formas de manter relacionamentos mais duradouros. Por isso, mulheres geralmente tentarão garantir a continuidade desses relacionamentos de alguma forma e sentirão mais, pois os vínculos afetivos tendem a serem mais intensos.
Cada pessoa lida de uma forma?
Mais do que entender se quem sofre mais com o término é um homem ou uma mulher, podemos dizer que a forma como sentimos tem muito a ver com nossa personalidade, nosso temperamento e também sobre a forma como estabelecemos vínculos afetivos em nossa vida!
Algo é bastante comum e pode acontecer tanto com homens quanto com mulheres: mesmo aqueles namoros complicados, que já assinalavam a possibilidade de término, tendem a deixar um vazio emocional, pois a vida também se configurava em torno desse outro: uma conversa, uma troca de opinião, até a companhia são coisas que deixam seus vazios.
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Até mesmo relacionamentos ruins podem deixar um certo “buraco” emocional. Talvez, o ser humano tenha sido feito para viver com outras pessoas. Mesmo relacionamentos ruins podem oferecer uma certa parceria e a possibilidade de contar com a outra pessoa em alguns momentos. Sentimentos, como fracasso, frustração e decepção, são efetivamente marcados entre homens e mulheres. Homens tendem a perceber o fracasso, mulheres vivem mais a decepção, a desilusão.
Ninguém deseja relacionar-se para terminar, mas, quando isso ocorrer, haverá o caminho de retomada e ressignificação. Perde-se a companhia, o parceiro, a pessoa com quem se está ao lado. Negar, fugir, irritar-se, perseguir o outro nas redes sociais, essas e outras formas de reação usadas como forma de minimizar as dores, mas o que sabemos de fato é que nada é diminuído.
A possibilidade de um recomeço
Um término também faz com que possamos avaliar nossas questões: como nos relacionamos com o outro, o que toleramos sem perceber, nossas falhas, mas também nossas qualidades não consideradas naquela relação. Enfim, podemos fazer uma boa reflexão, mas, acima de tudo, entender como retomaremos nossa vida daqui para frente.
Embora o sentimento de culpa traga a necessidade de reparação e resolução das “questões pendentes” com o outro, é importante entender que nem sempre há culpados e que o fim de um relacionamento não significa fracasso.
Buscar psicoterapia, orientação e suporte de outras pessoas também são formas de lidar com este tempo de mudança, na certeza de que seremos sempre capazes de dar um novo sentido à vida.