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#BlackFraude: por que a sociedade chegou a esse nível?

“Além disso, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é nobre, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, tudo o que é virtuoso e louvável, eis o que deve ocupar vossos pensamentos” (Filipenses 4,8). Eu acrescentaria a essa passagem de São Paulo: “as vossas ações”.

Hoje, 29 de novembro de 2019, ao acessar as páginas das mídias sociais, deparei-me com a hashtag BlackFraude, uma hashtag de denúncias de estabelecimentos que estão aproveitando a onda da Black Friday para extorquir os clientes.

No twitter clientes denunciam, por meio de vídeos e fotos, os funcionários de várias empresas de substituírem as etiquetas de preços, porém, colocando o mesmo valor de três a seis meses anteriores. Ao colocar uma etiqueta de cores fortes e destacada, dá a impressão de que o produto está com desconto.

Além de contribuir para a criminalidade, essas pessoas e instituições aproveitam do analfabetismo das pessoas, pois, pela falta de informação e esclarecimentos dos usuários e consumidores de serviços e produtos, são enganadas.

#BlackFraude: por que a sociedade chegou a esse nível?

Imagem ilustrativa: Adailton Batista/cancaonova.com

A #BlackFraude no twitter

Em um tuíte, um usuário publicou: “O mesmo produto, do mesmo site, só muda que é no aplicativo da Rappi, que garante até 70% de DESCONTO mas é FRAUDE, na verdade, o preço é 11,11% a mais #BlackFraude”.

O pensamento cristão não compactua com essa prática. Aos cristão, fica o alerta: “Estamos no mundo, mas não somos do mundo”. Portanto, diante desta catástrofe social, torna ainda mais necessário a evangelização. Transformar o mundo pela força do Evangelho, em minha visão, a única solução.

Assim o Compêndio da Doutrina Social nos alerta:

Pela relevância pública do Evangelho e da fé e pelos efeitos perversos da injustiça, vale dizer, do pecado, a Igreja não pode ficar indiferente às vicissitudes sociais [98]: «Compete à Igreja anunciar sempre e por toda a parte os princípios morais, mesmo referentes à ordem social, e pronunciar-se a respeito de qualquer questão humana, enquanto o exigirem os direitos fundamentais da pessoa humana ou a salvação das almas »[99].

Mas por que a sociedade chegou a esse nível? A única resposta que me vem à mente é o mistério da iniquidade.

Se você é um verdadeiro cristão, fica o convite para denunciar a essas práticas. É urgente também a criação de políticas públicas e leis que punem tais práticas como as citadas acima.

Segundo uma reportagem publicada pelo jornal Estadão, o Procon de São Paulo já realizou 235 atendimentos referentes à Black Friday 2019. Entre às 8h da quinta-feira até às 6h desta sexta-feira, foram registradas 104 reclamações e 131 consultas e orientações.

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Por fim, o Magistério Social da Igreja nos alerta para a “insídia que um tipo de desenvolvimento tão somente quantitativo esconde, pois a «excessiva disponibilidade de todo o gênero de bens materiais, em favor de algumas camadas sociais, torna facilmente os homens escravos da “posse” e do gozo imediato… É o que se chama a civilização do “consumo” ou consumismo” (Compêndio do CIC § 334).

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