De acordo com a origem ou significado da palavra, ser devoto é “uma entrega ou consagração de si próprio ao Amor de Deus e, por extensão, ao das pessoas divinas, como, por exemplo, a Santíssima Virgem e a todos os santos”. Ou seja, tem direcionamento completamente religioso. A vida devota é um desafio, não simplesmente a busca de um santo protetor, e sim de um modelo a seguir na busca pela conversão total do coração ao Amor de Deus. A devoção sempre parte de um convite: de um amigo, de um livro, da Igreja.
Diante dessa realidade, há muito tempo, a nossa história já remete à confiança e à entrega da humanidade aos cuidados de São José. Portanto, nestas próximas linhas, queremos convidá-lo a entregar-se ao Amor de Deus, da mesma forma que Jesus e Maria se sentiram, pelos braços de São José. Veja, não é um convite emocionado, mas real. Ele ecoa neste ano no coração de toda Igreja: IDE A SÃO JOSÉ!
Os primórdios da devoção
Os primeiros traços de sua devoção foram encontrados no Oriente, tendo sido festejado entre os cristãos coptas desde o início do século IV. De acordo com Nicéforo Calisto (historiador grego), havia um oratório dedicado a São José, na basílica construída por Santa Helena em Belém.
No Ocidente, já temos o seu nome mencionado no século V nos sermões dos santos doutores, Ambrósio e Agostinho, passando pelos Carmelitas de modo mais formal no século IX, até Santo Thomás e São Bernardino de Sena, culminando no apelo formal de Jean Gerson, um teólogo leigo francês que representava o seu país no Concílio de Constança, em 1418 , trazendo a toda Igreja o culto às glórias de São José.
No entanto, somente em 08 de dezembro de 1870, ao encerramento do Concílio Vaticano I, o Papa Pio IX decreta um culto público e universal na Igreja a São José, declarando-o como PATRONO UNIVERSAL DA IGREJA (Decreto Quemadmodum Deus).
Em 1889, 19 anos depois, o Papa Leão XIII escreve a 1ª Encíclica dedicada ao nosso Patrono, declarando festivo todo o mês de março, cuja festa seria celebrada oficialmente e de acordo com a antiga tradição, no dia 19, além de dedicar a São José todas as quartas-feiras, para celebrar sua memória.
Ele, na Encíclica Quamquam Pluries, “exorta a toda Igreja sobre a necessidade de se recorrer ao Patrocínio de São José em todas as dificuldades e em todos os tempos. Além do mais, em São José, os pais de família encontram o mais alto exemplo de paterna vigilância e providência. Os cônjuges, o exemplo mais perfeito de amor, concórdia e fidelidade conjugal. Os consagrados a Deus, o modelo e protetor da castidade virginal”. É de Leão XIII uma das orações compostas a São José.
São José não falha em nada!
Sendo assim, houve também um dia, uma entrega especial do meu coração a Deus, pela intercessão de São José. Conheci um grande devoto que se tornou um grande amigo, o padre Luiz Roberto Teixeira Di Lascio (Arquidiocese de Campinas, SP), autor do livro Terço Abençoado de São José. Ele me apresentou São José. A paixão dele pelo pai de Jesus me fez querer conhecê-lo. As orações dedicadas, o terço abençoado de São José e, sobretudo, o seu modelo como homem e pai no projeto da salvação, fez-me também me apaixonar e confiar a ele todas as minhas coisas, a minha vida e a minha família.
Vi muitas curas, muitas libertações e muitas graças acontecendo por sua poderosa intercessão. E, a essa medida, crescia ainda mais a minha devoção, a minha entrega confiante. Em cada momento que eu bebia de todos esses feitos, queria que o mundo todo experimentasse do que eu estava experimentando, foi tudo muito forte. São José não falhava em nada.
São José fez uma revolução em minha vida e na vida de muita gente ao meu redor. Queria que o mundo todo o conhecesse, rezasse o terço abençoado e dedicado a ele, lesse livros sobre ele, como me deparei com o livro “O Colecionador de Muletas”, que trazia a emocionante história de um leigo (Irmão André de Montreal), hoje, santo e seus inúmeros milagres, porque confiava tudo a São José. Associado a isso, as falas dos grandes santos da Igreja sobre ele fez transbordar meu coração, e tudo recaia nos outros corações ao meu redor. Nunca imaginei como homem, médico e empresário viver e ver tudo o que vi São José fazer. Tornei-me seu oficial divulgador.
Tenha certeza: São José é forte!
Peregrinos de São José
No ano de 2012, o padre Luiz Roberto teve uma moção do Espírito Santo de fundar uma Associação denominada: Fraternidade Peregrinos de São José, em que, junto com a Comunidade da qual sou membro, a Comunidade Católica de Casais Vida Nova, Natal (RN), demos início a essa fraternidade e, nela, alistamos os primeiros peregrinos consagrados a São José.
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A ti, São José, toda a minha gratidão. Deste-nos Jesus e Maria. Deste-nos teu silêncio e, ao mesmo tempo, toda Palavra. Guardastes o verbo e o pão, a doçura e o colo… Ai de mim se não for teu devoto e servo. Ai de mim!
Sugestões de leitura: O Glorioso São José ( Professor Felipe Aquino, Ed. Cléofas)
O Colecionador de Muletas e o humilde carpinteiro de Nazaré ( Ed. Canção Nova)
Introdução à vida devota (São Francisco de Sales)
Terço Abençoado de São José (Padre Luiz Roberto Di Lascio, Edições Loyola)
Cleiton Luiz Godeiro
Médico pediatra, empresário, esposo, pai e avô
Comunidade de Casais Vida Nova
Devoto de São José
Natal (RN)
Assista!