Quero partilhar com você uma experiência linda que tenho vivido, aqui, na França, e que, para mim, tem se tornado um testemunho de conversão. Moramos em Toulon-França, num seminário da diocese, onde também existe uma casa de acolhimento para os padres idosos. E, às vezes, participamos das santas Missas com alguns desses sacerdotes, que têm entre 80 e 100 anos. Admiro-me em vê-los viver a Celebração Eucarística, apesar de toda debilidade deles.
O superior desse seminário, que completou 81 anos dias atrás, quando termina a santa Missa vem nos cumprimentar e pedir para rezarmos por ele. Ele me disse que alguns deles, em função da fragilidade, já não saem de seus aposentos. É impressionante observá-los durante as Celebrações Eucarísticas e ver que, apesar de toda limitação física, permanecem fiéis.
Alguns não conseguem nem se levantar da cadeira, mas durante a Consagração Eucarística estendem as suas mãos trêmulas para a Consagração do Corpo e Sangue de Cristo. É emocionante! Este tem sido, para mim, um tempo de formação, porque cada vez que vou a essas Missas, percebo o quanto ainda tenho por fazer pelo Reino de Deus. Olhando para eles, imagino quantas Missas, confissões, batizados e matrimônios eles já ministraram… Quanta doação! Isso me faz lembrar as palavras de São Paulo:
Fiz o melhor que pude na corrida, cheguei até o fim, conservei a fé. E agora está me esperando o prêmio da vitória, que é dado para quem vive uma vida correta, o prêmio que o Senhor, o justo Juiz, me dará naquele dia, e não somente a mim, mas a todos os que esperam, com amor, a sua vinda (II Timóteo 4:8).
Tenho tido a graça de tocar concretamente na fidelidade da Igreja ao seu Senhor Jesus Cristo. Na fidelidade da Igreja que dá a vida, que se gasta sem medidas até a morte. Eu louvo e bendigo a Deus por ela. Louvo e bendigo a Deus por padres, como esses, que nos ensinam que temos muito ainda por fazer e não podemos desanimar. Que Deus nos dê a graça da fidelidade!