O que é um livro canônico? É um livro que a Igreja Católica reconhece como parte da Bíblia Sagrada. A Bíblia possui 72 livros, embora, algumas vezes, se fale em 73, pois Jeremias e Lamentações podem ser contados juntos ou separadamente.
A Igreja e o cânon das Escrituras
Cada livro bíblico foi cuidadosamente analisado pela Igreja desde o primeiro século da era cristã, a fim de determinar se era inspirado pelo Espírito Santo. Do Gênesis ao Apocalipse, os livros presentes na Bíblia foram considerados inspirados e, portanto, canônicos. Os demais, que não foram incluídos, não são considerados revelação divina. Existem revelações particulares, recebidas por indivíduos, mas a Igreja não obriga ninguém a crer nelas. A fé nos livros canônicos, contudo, é parte essencial da doutrina católica. É importante ressaltar que a interpretação desses livros também é responsabilidade da Igreja.
A Igreja e a formação da Bíblia
Foi a Igreja quem definiu o cânon bíblico, ou seja, a lista de livros que o compõem. Ela não permitiu a inclusão de mais de duzentos livros. O escritor italiano Vittorio Messori, em seu livro “Hipóteses sobre Jesus”, menciona que só de evangelhos falsos, no primeiro século, havia mais de oitenta. A Igreja reconheceu apenas quatro: Mateus, Marcos, Lucas e João. Outros, como os evangelhos de Tomé, Felipe, Pedro e Madalena, são considerados apócrifos. Seus títulos são atribuídos falsamente a essas figuras, e seu conteúdo não é reconhecido como divinamente inspirado.
A importância da Igreja
A definição do cânon bíblico demonstra a importância da Igreja na preservação e transmissão da fé. Quem acredita que a Bíblia é revelação divina, necessariamente reconhece o papel da Igreja nesse processo. Afinal, não se pode crer no fruto sem reconhecer a árvore que o produziu. Portanto, um livro canônico é um livro divinamente inspirado pelo Espírito Santo, parte integrante da revelação divina contida nas Escrituras Sagradas.
Transcrito e adaptado por Jonatas Passos
