Na hora da escolha

Há quem se diga “azarada (o)” para as coisas que se referem ao coração, pois nenhum de seus relacionamentos foram duradouros o bastante como  esperava.

Muitas pessoas reclamam da dificuldade de manter o namoro, argumentando as muitas incompatibilidades que apareceram ao longo do convívio. Aquele que demonstrava ser o príncipe de um conto de fadas, depois de um tempo, parece ter se transformado em sapo ao perceber que as palavras ou o romantismo envolvente dos primeiros encontros tinham data de validade.

 
Para muitas pessoas, encontrar alguém que esteja disposto a partilhar as coisas mais comuns do dia a dia parece ser uma tarefa difícil de ser realizada. Sabemos que ter alguém ao nosso lado, que nos ame e trabalhe pelo desenvolvimento da relação, traz muitos benefícios para a nossa vida; a começar pelo aspecto emocional. Contudo, em virtude de muitos outros relacionamentos fracassados, nós podemos nos tornar extremamente exigentes, buscando encontrar alguém que se adeque exatamente ao nosso modo de pensar e de agir.

Algumas pessoas falam do encantamento à primeira vista, mas, antes mesmo de iniciar um relacionamento, levado por uma paixão, precisamos nos lembrar das qualidades que julgamos imprescindíveis na pessoa com quem aspiramos iniciar um envolvimento amoroso.


Dado Moura fala sobre o seu mais novo livro: “Lidando com as crises”


A quem valoriza o porte físico – uma beleza semelhante a um ator de cinema –, coisas fora de um padrão natural podem desclassificar qualquer possível candidato. Outras consideram o fato de o pretendente ter sido casado ou se tem filhos, a idade, a ocupação profissional, o poder aquisitivo, a espiritualidade, etc. Entretanto, os aspectos sobre o caráter também precisam ser conhecidos e, entre esses, a inclinação da pessoa por algum tipo de vício ou hábitos que poderiam se tornar um problema futuro.

Se para adquirir um produto fazemos pesquisa de preços, verificamos a sua qualidade, entre outras coisas; é também importante não desconsiderar alguns valores que julgamos necessários identificar na personalidade da pessoa com que aspiramos partilhar nossa vida.

Viver um relacionamento duradouro é possível, mas requer esforço e compromisso do casal para resolver alguns conflitos gerados a partir das nossas diferenças.

Algumas incompatibilidades podem até ser negociáveis durante o namoro, mas vale a pena verificar o grau de importância que a pessoa atribuiu a elas, antes mesmo de nos aventurarmos num relacionamento, o qual, desde o início poderia demonstrar certa irredutibilidade por parte dos casais.

Para essas descobertas, não é preciso, necessariamente, estar envolvido num namoro para identificá-las. Por meio de processo de conhecimento, favorecido pela amizade inicial, teremos condições de perceber se a pessoa traz características de alguém que queremos como namorado (a).

As oportunidades de encontrar
alguém podem estar nas atividades sociais às quais gostamos de viver, seja numa danceteria, cinema, teatro… E mesmo que, nesses eventos, não aconteça o encontro com a pessoa especial, pelo menos novas amizades serão estabelecidas sem deixar de viver aquilo que é normal e saudável.

Um abraço,