Quando é amizade ou namoro?
O homem não nasceu para viver isolado. Disso sabemos e, inclusive, estudamos na escola a importância dos nossos relacionamentos. Poderíamos dizer que a amizade entre as pessoas fundamenta-se nos encontros de suas necessidades diversas e em suas descobertas conjuntas baseadas na lealdade e no comprometimento de ambas as partes.
Ainda quando estávamos dentro do convívio familiar, nossos abraços, beijos e outras manifestações de carinho tinham uma conotação fraterna. Num convívio social mais abrangente, vivemos uma outra dimensão na qual continuamos a ser fraternos, mas com pessoas que não tínhamos convivido anteriormente.
Em nossas amizades, não procuramos subjugar o outro ou tirar proveito de alguma situação. Entretanto, na experiência com o sexo oposto podemos defrontar com algumas surpresas, como acreditar que um novo sentimento, além da amizade, pode estar aflorando.
Manifestamos nossa lealdade por essa amizade por meio das mais variadas demonstrações de carinho: abraços, beijos, telefonemas. Contudo, já não estaremos mais beijando nossos irmãos, nem tampouco abraçando nossos pais. Mas se um namoro começa a partir de uma amizade verdadeira, como podemos identificar se o nosso abraço está ganhando um sabor diferenciado? Poderia aquele amigo ser um futuro namorado?
Se, realmente, estivermos intencionados em fazer tal descoberta, o primeiro passo, que acredito ser interessante avaliar, seria buscar identificar nesta pessoa qualidades, destreza, seu senso de responsabilidade diante dos fatos e compromissos etc.
Considerando a possibilidade de viver a mudança de uma amizade para um namoro, este será o momento propício para investir ainda mais na amizade no sentido de buscar respostas para os quesitos que consideramos relevantes para a nossa felicidade.
Sem atropelos, e na maturidade que Deus deseja nos conceder, devemos nos colocar predispostos a viver esse tempo de conhecimento recíproco e de “pesquisa”, sem antecipar o momento de Deus, preparando-nos para viver o “vestibular” do namoro.