A fidelidade está aliada à confiança, e as duas juntas exigem renúncias por parte daqueles que as valorizam
Muitos equipamentos eletrônicos têm como característica de sua performance a fidelidade na reprodução dos sons e imagens. Essa característica, valorizada nesses equipamentos, parece estar correndo risco de vida nas relações entre as pessoas. Percebemos que políticos não são fiéis às suas ideologias nem aos seus eleitores; assim como pessoas que vivem sob o vínculo de um relacionamento também atropelam a fidelidade quando a consideram uma virtude fora de moda ou buscam realizar desejos reprimidos por muito tempo.
Assumir com responsabilidade compromissos com uma pessoa ou instituição exige que manifestemos concordância com seus princípios por meio da sinceridade de nossos atos. Acredito que a fidelidade está aliada à confiança, e as duas juntas exigem renúncias por parte daqueles que as valorizam. Sabemos que a ausência de uma dessas virtudes traz instabilidade e insegurança para a harmonia dos relacionamentos.
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Para justificar os atos de infidelidade, muitas novelas e programas de televisão tratam o assunto como se fosse algo comum, e, na maioria das vezes, atribuem à ausência de afeto, carinho e atenção como sendo os pivôs desse ato falho.
A reação de certo conformismo para o ato de infidelidade parece ser facilmente tolerado quando se considera a hipótese de experimentar breves momentos de felicidade, que não inspiram vínculos. No entanto, precisamos estar atentos aos efeitos maléficos desse ato. Ao contrário do que possam exigir nossas carências e apelos de nossos mais primitivos instintos, temos de ter consciência dos reflexos negativos que podem ofuscar nossos valores e princípios.
Cuidados necessários numa vida a dois
Na vida a dois, facilmente as pequenas discussões ou desatenções ganham proporções exageradas de um dia para o outro. Ao fim de uma semana, os casais podem mal se tocar ou conversar, e se tal situação se prolongar, em pouco tempo, poderão até considerar a possibilidade de encontrar alguém que possa suprir suas carências. Diante de momentos de fragilidade, ocasionados pelo sentimento de abandono e desatenção, não será difícil encontrar alguém que se disponha a ser a personificação da “boa intenção”.
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Se os resquícios de uma traição contaminar a base que a sustenta, certamente a fidelidade e a confiança estabelecidas no compromisso de amor não serão mais as mesmas. Antes mesmo de “dar asas à serpente”, vale a pena corrigir os acidentes de percurso dos relacionamentos como a falta de atenção e solidariedade, entre outros. Assim não experimentaremos o amargor do arrependimento de ter lançado pérolas aos porcos.
Deus ajude a cada um daqueles que se dispõem a acreditar na realização do impossível quando se amam.
Um abraço.