A devoção a Nossa Senhora das Graças nasce do infinito amor de Deus que, por meio de Maria, visita o Seu povo para oferecer proteção, luz e abundância de graças
As aparições a Santa Catarina Labouré, em 1830, em Paris, não foram simples manifestações, mas um verdadeiro convite do Céu para que a humanidade redescobrisse a ternura e a intercessão da Mãe.

Foto Ilustrativa: Wesley Almeida/cancaonova.com.
1. “Vinde ao altar” — A Mãe que nos conduz a Jesus
Uma das mensagens mais fortes da aparição é este chamado: vir ao altar.
Maria aparece a Catarina exatamente enquanto esta é conduzida para a capela. É ali, diante de Jesus Eucarístico, que Nossa Senhora deseja encontrar os seus filhos.
A devoção a Nossa Senhora das Graças nunca nos afasta de Jesus; ao contrário, Maria nos leva ao altar, à adoração, ao encontro com o Seu Filho. Ela abre o caminho, ilumina a alma e desperta, no coração, o desejo de estar mais perto de Deus.
2. “Espalharei graças sobre aqueles que as pedirem”
Na Medalha Milagrosa, Maria aparece com as mãos estendidas, de onde jorram raios luminosos: são as graças que Deus concede por meio de sua intercessão. Os raios apagados, porém, revelam uma mensagem profunda:
“São as graças que não são concedidas porque não são pedidas.”
Maria não apenas pode interceder por nós — ela deseja fazê-lo.
É uma Mãe que se inclina para os filhos e diz:
“Peçam! Venham! Confiam! Eu desejo derramar graças sobre vocês.”
É uma mensagem de esperança para quem sofre, para quem luta, para quem necessita de luz, cura, força e consolo. Ela quer nos ensinar a pedir, a suplicar, a abrir o coração à ação de Deus.
3. “Protejo aqueles que se colocam sob o meu manto”
O manto de Nossa Senhora das Graças é símbolo de abrigo, defesa e paz.
A Mãe da Medalha Milagrosa não promete ausência de problemas; ela promete presença, companheirismo e proteção no meio das tribulações.
Colocar-se debaixo desse manto significa confiar que Maria está ao nosso lado, intercede por nós, toma nossas dores como suas e nos conduz com segurança ao coração de Jesus.
4. A força dos rogos de Maria
Na mensagem da Medalha, contemplamos uma Mãe poderosa não por si mesma, mas porque o próprio Deus quis assim. Em Caná, antes mesmo da “hora” de Jesus, é o pedido de Maria que desencadeia o milagre.
Isso revela que:
Os rogos de Maria tocam profundamente o coração de Deus.
E se os rogos dela têm força, é porque são sempre movidos pelo amor e pela vontade do Filho.
5. Uma devoção para os tempos difíceis
Nossa Senhora das Graças aparece num tempo de crises sociais, morais e espirituais — assim como o nosso tempo. Seu apelo continua atual:
- buscar a Deus com um coração confiante;
- aproximar-se dos sacramentos;
- pedir as graças do céu;
- interceder pelos que se afastaram;
- e viver com esperança, mesmo em meio às lutas.
Maria não veio trazer medo, mas graça. Não veio anunciar castigos, mas misericórdia. Não veio erguer barreiras, mas abrir caminhos de salvação.
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Uma devoção que nos transforma
Ser devoto de Nossa Senhora das Graças é abrir a alma a um caminho de fé mais profundo. É aprender com Maria a humildade, a confiança, a entrega e a súplica perseverante. É deixar-se envolver por seu manto e caminhar com Ela rumo a Jesus, acolhendo as graças que Deus deseja derramar.
E cada vez que seguramos a Medalha Milagrosa, lembramos:
Maria está próxima.
Maria intercede.
Maria cuida.
Maria derrama graças sem medida.


