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Viva bem o Natal que se aproxima

Caro internauta, todos os anos, quando da aproximação do Natal, um movimento novo e bem característico começa a tomar forma e se fazer presente em nossa vida. Nalgumas pessoas, ele gera alegria, esperança; noutras, nostalgia e até um certo grau de tristeza. A história de vida de cada um influencia muito na maneira como é percebido o tempo natalino. O fato é que, dificilmente, alguém poderia afirmar, verdadeiramente, que o tempo do Natal é um período como qualquer outro. Enfim, o espírito natalino atinge positiva ou negativamente quase a totalidade das pessoas.

Quando as árvores de Natal, recheadas com bolas coloridas, dão as caras nos shoppings, quando os Papais Noéis de diversos tipos e tamanhos invadem as prateleiras das lojas, e os contornos das casas ganham metros e mais metros de luzes cintilantes, a nossa consciência é despertada quase que num inesperado chacoalhão, e, geralmente, leva-nos a semelhantes exclamações: “Já estamos no final do ano!”.

Passado o susto inicial, normalmente, nosso olhar se volta hipnoticamente para as espetaculares e onipresentes decorações natalinas com seus brilhos e cores. Claro que isso não deixa de ter a sua importância, e até faz parte desse período. Afirmarmos o contrário seria, talvez, uma tentativa inútil de evadirmos da realidade que nos cerca.

Viva bem o Natal que se aproxima

Foto ilustrativa: Bruno Marques/cancaonova.com

Busque o essencial e você viverá bem o Natal

Como afirmei, todo esse movimento é até importante, porém, não essencial. Somente buscando o que é essencial viveremos bem o Natal. Um dos perigos deste tempo é o despertar dos desejos. Não me refiro àquele desejo natural que todos nós possuímos, mas àquele desejo irracional e compulsivo, o desejar pelo desejar. Promoções, liquidações, “bota fora”, “pague um e leve cinco” (…), tudo isso alimenta os nossos desejos mais irracionais, ocupam o nosso pensamento, abrevia o nosso precioso tempo e nos faz cativos das ilusões. Tudo isso é gerador de fadiga, preocupação e cansaço. O essencial vai ficando cada vez mais distante dos nossos olhos.

Certa vez, um grande pensador francês chamado Louis Lavelle afirmou: “O mundo só se torna um espetáculo para nós porque buscamos nele o desabrochar dos nossos desejos”. Diante de tudo isso, posso afirmar: o período natalino também é tempo de permanecermos em constante estado de vigília; afinal, a tendência de todo homem é seguir com os olhos cravados nos espetáculos que o mundo, abundantemente, nos oferece, especialmente neste período.

Caro internauta, viva bem o Natal! Foque no essencial. Estando você feliz ou triste, num ambiente colorido ou acinzentado, com muito dinheiro ou totalmente sem ele, repleto de amigos ou completamente solitário, na pizzaria ruidosa ou numa cama de hospital ouvindo os sinais sonoros dos aparelhos hospitalares, busque o essencial, e você viverá bem o Natal.

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O verdadeiro cristão não vive de ocasiões

No ditado popular, a ocasião pode até fazer o ladrão, mas jamais fará o cristão. O verdadeiro cristão não vive de ocasiões, senão da fé. Portanto, o que faz do cristão um verdadeiro cristão é a consciência de que existe um Deus que está para além de qualquer ocasião. É esse Deus que nascerá nos próximos dias e, dessa forma, é esse Deus que devemos esperar. Existe uma dimensão sobrenatural nesse maravilhoso tempo natalino, tempo que comporta graças excepcionais.

Enfim, celebre este Natal como quem celebra o nascimento de um Deus, o Deus menino, o Deus da promessa. Volte o olhar do seu coração para “aquele que vem” (cf. Ap 1, 4). Nas suas orações até o dia 24 de dezembro, não deixe de clamar: “Maranatha! Vem, Senhor Jesus!” (cf. Ap 22, 20). Saiba que todas as coisas vão passar, mas aquele a quem esperamos jamais passará.

Deus abençoe você. Até a próxima!