A Campanha para a Evangelização de 2006 está na sua fase final. No 3° domingo do Advento, dia 17 de dezembro, é feita a coleta em todas as comunidades e igrejas do Brasil. O envelope foi distribuído no domingo, 10 de dezembro. Pegou o seu?
O envelope vazio, levado para casa, é um lembrete para que cada católico ponha à parte algum dinheiro, deixando de gastar em algo supérfluo, ou fazendo uma doação generosa e bem consciente para apoiar a ação evangelizadora da Igreja. Quem achar que o trabalho da Igreja não tem importância está dispensado de colaborar… Mas quem aprecia a própria fé e acha que a Igreja pode e deve fazer bem mais para a evangelização do povo, faça sua oferta com alegria. É para apoiar e promover o trabalho da Igreja.
Visitei, há alguns dias, a missão indígena da área do Monte Pascoal, sul da Bahia. Foi lá que Pedro Álvares Cabral e seus navegadores avistaram, de longe, a terra que se chamaria Brasil. A história diz que também foi naquelas praias que Frei Henrique de Coimbra celebrou a primeira Missa no Brasil. Foi como se batizasse a nova terra… Certamente foi na praia, ou debaixo das árvores…
Pois acredite se quiser: Ainda hoje os índios e caboclos daquela missão assumida pela CNBB em 2000, precisam assistir a Missa e fazer a celebração da Palavra de Deus debaixo das árvores… Como há 500 anos! Não há capelas nas comunidades indígenas! E eles pedem insistentemente que sejam ajudados a construir suas igrejinhas, sinal da presença de Deus no seu meio e de sua pertença à grande comunidade da Igreja. Assim acontece em muitas partes, não só nos profundo interior do Brasil, mas também nas extensas periferias urbanas. Até das cidades ricas e cheias de poder aquisitivo.
Se para cada um dos 135 milhões de católicos praticantes do Brasil fosse colocado apenas um Real (apenas um Realzinho!) nos envelopes para a coleta do dia 17 de dezembro, a Igreja católica, através das paróquias e dioceses, da CNBB e outras organizações eclesiais, poderia ajudar muitas comunidades pobres a terem capelas bonitas, a preparar mais catequistas e outros agentes comunitários, a oferecer material catequético e de formação cristã, a preparar mais seminaristas, padres, religiosos e missionários, tão necessários para servirem as comunidades em tempo integral; poderia promover mais e melhor a evangelização através dos meios de comunicação social; fazer muito mais caridade e promoção humana; defender mais e melhor as pessoas injustiçadas, confortar os doentes…
Durante muito tempo, a Igreja no Brasil recebeu, e continua a receber ajuda dos católicos de outros países, como a Alemanha, a Itália, a Suíça, a Áustria, os Estados Unidos e muitos outros… Será que já não chegou a hora de fazermos mais por nós mesmos e também de ajudar a Igreja em outras regiões e em outros países, bem mais necessitados? Quem muito foi ajudado, deve começar a ajudar os outros…
O envelope vazio da Campanha é destinado aos discípulos e missionários de Jesus Cristo assim está escrito sobre ele. A alegria de sermos cristãos e o apreço pela nossa fé podem ser traduzidos de muitas formas; desta vez, a Igreja no Brasil pede a todos os católicos brasileiros que no domingo, 17 de dezembro, expressem seu apreço pelo trabalho da Igreja através de uma oferta generosa. A oferta pode também ser feita sem o envelope… Faço o pedido como São Paulo, quando fez uma coleta entre as comunidades por ele formadas talvez a primeira coleta para a evangelização: Que cada um dê conforme tiver decidido em seu coração, sem pesar nem constrangimento, pois Deus ama a quem dá com alegria (2 Cor 9,7).