O anúncio profético da plenitude dos tempos
São muitas as passagens bíblicas que falam do Advento do Messias. Deus preparou o mundo para a vinda do Salvador, o Filho Bendito de Deus humanado. Deus se utilizou da logística romana que implantou no mundo a “Pax Romana” e a língua grega que prevaleceu em todo o Império Romano, para servir de veículo propagador do Evangelho em toda a terra.

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São Paulo explica tudo isto dizendo aos gálatas que: “Na plenitude dos tempos, Deus enviou Seu Filho ao mundo…” (Gal 4,4).
Há 700 anos a. C., o Profeta Isaias já anunciava os sinais do Messias, a alegria do povo em sua espera diante da Sua Luz, num tempo de Paz: “O povo que andava nas trevas viu uma grande luz; sobre aqueles que habitavam uma região tenebrosa resplandeceu uma Luz. Vós suscitais um grande regozijo, provocais uma imensa alegria; rejubilam-se diante de vós como na alegria da colheita, como exultam na partilha dos despojos. Porque o jugo que pesava sobre ele, a coleira de seu ombro e a vara do feitor, vós os quebrastes, como no dia de Madiã. Porque todo calçado que se traz na batalha, e todo manto manchado de sangue serão lançados ao fogo e se tornarão presa das chamas; porque um Menino nos nasceu, um Filho nos foi dado; a soberania repousa sobre seus ombros, e ele se chama: Conselheiro admirável, Deus forte, Pai eterno, Príncipe da Paz. Seu império será grande e a paz sem fim sobre o trono de Davi e em seu reino. Ele o firmará e o manterá pelo direito e pela justiça, desde agora e para sempre. Eis o que fará o zelo do Senhor dos exércitos” (Is 9,1-6).
A promessa da libertação e o sinal da Virgem
Esse texto de Isaías mostra a libertação messiânica que Jesus veio trazer. Mais adiante, o mesmo Profeta mostra que o nascimento do Deus-Homem se dará, de maneira extraordinária, como um Sinal do Salvador: “Por isso o próprio Senhor vos dará um sinal: uma Virgem conceberá e dará à luz um filho, e o chamará Deus Conosco.” (Is 7,14)
“Porque um Menino nos nasceu, um filho nos foi dado, Ele recebeu o poder sobre seus ombros, e lhe foi dado este Nome: Conselheiro – Maravilhoso, Deus – Forte, Pai – Eterno e Príncipe da Paz” (Is 9,5).
Isaías mostra a tranquilidade, Paz e harmonia que haverá no reino Messiânico; revela a Sua genealogia e o vencimento dos efeitos terríveis para o homem e até para os animais: “Um renovo sairá do tronco de Jessé, e um rebento brotará de suas raízes. Sobre ele repousará o Espírito do Senhor, Espírito de sabedoria e de entendimento, Espírito de prudência e de coragem, Espírito de ciência e de temor ao Senhor… Então o lobo será hóspede do cordeiro, a pantera se deitará ao pé do cabrito, o touro e o leão comerão juntos, e um menino pequeno os conduzirá; a vaca e o urso se fraternizarão, suas crias repousarão juntas, e o leão comerá palha com o boi. A criança de peito brincará junto à toca da víbora, e o menino desmamado meterá a mão na caverna da áspide. Não se fará mal nem danos em todo o meu santo monte, porque a terra estará cheia de ciência do Senhor, assim como as águas recobrem o fundo do mar. Naquele tempo, o rebento de Jessé, posto como estandarte para os povos, será procurado pelas nações e gloriosa será a sua morada” (Is 11, 1-10).
O Reino Messiânico: paz, harmonia e os milagres do Salvador
Também o Profeta Sofonias, por volta do ano 600 a.C. mostrava, de outra maneira, a alegria da libertação que o Messias traria: “Canta de alegria cidade de Sião; rejubila, povo de Israel! Alegra-te e exulta de todo coração, cidade de Jerusalém. O Senhor revogou a sentença contra ti, afastou teus inimigos; o rei de Israel é o Senhor, Ele está no meio de ti… O Senhor teu Deus está no meio de ti, o valente guerreiro que te salva; Ele exultará de alegria em tí, movido por amor” (Sof 3,14-18).
No final do livro de Isaías, encontramos mais esta citação falando da chegada do Salvador:
“Eis o que o Senhor proclama até os confins da terra: Dizei a Sião: eis, aí vem teu Salvador; eis com Ele o preço de sua vitória, Ele faz-se preceder dos frutos de sua conquista; os resgatados do Senhor serão chamados Povo Santo, e tu, cidade não mais desamparada, serás chamada a desejada” (Is 62,11-12). Sião era o símbolo de Jerusalém, e hoje da Igreja.
A longa profecia de Isaias anima o povo a não perderem a esperança diante das grandes dificuldades e exílio que Israel atravessou. E o Profeta dá sinais inequívocos do que faria o Messias para se identificado como o enviado do Deus todo Poderoso, e que Jesus realizou: “Dizei àqueles que têm o coração perturbado: Tomai ânimo, não temais! Eis o vosso Deus! Ele vem. Eis que chega a retribuição de Deus: ele mesmo vem salvar-vos. Então se abrirão os olhos do cego. E se desimpedirão os ouvidos dos surdos; então o coxo saltará como um cervo, e a língua do mudo dará gritos alegres. Porque águas jorrarão no deserto e torrentes, na estepe” (Is 35,1-6).
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O cumprimento profético em Belém
A luz brilhou nas trevas! E o Profeta Miquéias, cerca de 700 anos a.C. em Judá, já avisava em que cidade nasceria o Salvador: “Mas tu, Belém, Éfrata, embora o menor dos clãs de Judá, de ti sairá para mim Aquele que será dominador em Israel” (Mq 5,1).
E tudo isto que foi anunciado pelos Profetas sobre a vinda do Messias se cumpriu, para que não houvesse dúvida sobre quem Ele seria. Infelizmente, por uma interpretação falha e tendenciosa dos rabinos judeus, não souberam ou não quiseram reconhecer os sinais precursores do Messias; e o aniquilaram como se fosse apenas um homem que quis se fazer de Deus.
Mas nós sabemos quem Ele é: Jesus Cristo, o nosso Senhor e Salvador!





