Catequese

A oração pela unidade dos cristãos

A necessidade da oração pela unidade em um mundo dividido

Nesta catequese, meditaremos sobre a importância da oração na vida cristã, especialmente neste Ano Santo convocado pelo Papa Francisco. Refletiremos, hoje, sobre a oração pela unidade dos cristãos.

A unidade: um dom divino

O Papa Francisco, em sua catequese, afirma, com clareza e profundidade, que a unidade é um dom. Ao evocar a passagem do Evangelho de João 17, ele demonstra que Jesus, intercedendo pela Igreja, pede ao Pai este dom.

A unidade não é fruto da força humana

Devemos, portanto, compreender que a unidade dos cristãos não se concretizará por meio da força humana, mas sim como um dom divino. Daí a importância da oração pela unidade dos cristãos.

Trabalhando pela unidade

Todos nós precisamos trabalhar por essa unidade. Isso não nos isenta de viver nossa fé integralmente, conforme os ensinamentos da Igreja, nem nos impede de anunciar suas verdades. Tampouco nos dispensa de viver plenamente o catolicismo, sem receio de expressar nossa fé genuinamente.

O diálogo como caminho para a unidade

No entanto, devemos apresentar essas verdades em diálogo com outros cristãos, para que eles também conheçam o caminho da salvação. O Catecismo nos ensina que, mesmo nos meios protestantes, existem sinais de santificação que se desenvolveram ao longo de suas tradições e que podem ser benéficos para a salvação das almas.

Superando as diferenças

Não podemos nos deter em pequenos detalhes que nos diferenciam. Precisamos olhar para o único Senhor que pode trazer a unidade. A importância da oração pela unidade dos cristãos reside não nas diferenças, mas em Cristo, nosso Senhor. Somente em comunhão com Ele, com Jesus, é que a unidade, como dom, se tornará possível.

A unidade como fruto da virtude

Onde há divisão, há ruptura. Onde há virtude e santidade, haverá unidade. O pecado, a divisão, é a raiz da separação entre os cristãos. Ele divide, corrompe e foi a causa da divisão da Igreja. O pecado está intrinsecamente ligado aos sete pecados capitais, especialmente à soberba, à arrogância e à vaidade.

O coração dividido

Esses pecados dividem o coração do homem, e essa divisão interior se manifesta externamente. Portanto, onde há virtude, humildade, serviço, conversa, diálogo, proximidade, amizade e verdade, haverá unidade.

A humildade como caminho para a oração

Para rezarmos pela unidade dos cristãos, precisamos, antes de tudo, ser humildes. Devemos rezar por todos, para que todos sejam um, e trabalhar com os recursos que temos. Não possuímos todas as respostas, nem a solução para a divisão dos cristãos. O futuro, nesse sentido, nos é desconhecido. Somente Cristo, somente Deus, conhece os corações.

A intercessão: um ato de fé

Como proceder, então? Sendo humildes diante de Deus, reconhecendo que Ele é o Senhor da Igreja e que somente Ele pode trazer a unidade tão esperada. Por isso precisamos rezar com fervor.

Rezando pela unidade

Senhor, obrigado pela minha vida, pela fé que me destes e pelas graças concedidas. Rezamos também, Senhor, intercedendo por outros cristãos, por outras comunidades que creem em Vosso Santo nome, para que, conhecendo a verdade, possamos nos reconhecer como irmãos e estar juntos na única Igreja de Jesus Cristo.

O caminho da unidade

Este é o caminho, esta é a fé, esta é a catequese que o Papa nos propõe: rezarmos uns pelos outros, buscando a unidade. Você tem rezado pela unidade dos cristãos? O mundo está dividido, e precisamos dar um sinal de fé. Muitas vezes, a unidade cristã, a unidade na fé é o único sinal que podemos oferecer a um mundo dividido.

Por isso é fundamental rezarmos pedindo a graça, o dom da unidade. Deus os abençoe em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Padre Bruno Otenio
Membro do clero da Diocese de Guarulhos. É formado em Filosofia pela UNIFAI-SP e bacharel em Teologia pela PUC-SP. Possui uma especialização em Logoterapia e Análise Existencial pelo Instituto Gewissen. Atualmente, é mestrando em Teologia Moral na Pontifícia Academia de Teologia Moral Alfonsiana em Roma na Itália, e faz pós-graduação em Psicologia Tomista pelo Instituto de Psicologia Tomista.

Transcrito e adaptado por Jonatas Passos