Caros amigos, o Evangelho da vida está no centro da mensagem de Jesus. Assim, a vida humana tem um valor sagrado. E é por isso, que a pessoa humana é chamada à plenitude da vida, que consiste justamente na participação da própria vida de Deus.
Portanto, desde o seu início até o seu fim, a vida humana é revestida de uma condição sagrada. Dizia o saudoso Papa João Paulo II, na sua Encíclica Evangelium Vitae (o Evangelho da vida): que só Deus é o Senhor da vida, desde o princípio até o fim: ninguém, em circunstância alguma, pode reivindicar o direito de destruir diretamente um ser humano inocente.
Dessa forma, a Igreja, e nós somos Igreja, tem como missão anunciar o Evangelho da vida pelo mundo inteiro, a toda criatura (Cf. Mc 16,15). E esse anúncio se faz urgente, sobretudo, frente aos contínuos ataques à vida das pessoas e dos povos, especialmente os mais frágeis e indefesos.
O Papa nos cita ainda um forte texto do Concílio Vaticano II Gaudium et Spes (Alegria e esperança): Tudo quanto se opõe à vida, como seja toda a espécie de homicídio, genocídio, aborto, eutanásia e suicídio voluntário; tudo o que viola a integridade da pessoa humana, como as mutilações, os tormentos corporais e mentais e as tentativas para violentar as próprias consciências; tudo quanto ofende a dignidade da pessoa humana, como as condições de vida infra-humanas, as prisões arbitrárias, as deportações, a escravidão, a prostituição, o comércio de mulheres e jovens; e também as condições degradantes de trabalho, em que os operários são tratados como meros instrumentos de lucro e não como pessoas livres e responsáveis. Todas essas coisas e outras semelhantes são infamantes e ofendem gravemente a honra devida ao Criador.
Concluímos este pequeno artigo dizendo conforme o Papa, que quem atenta contra a vida humana, de algum modo atenta contra o próprio Deus e, certamente não ficará impune, pois o salário do pecado é a morte (Rm 6,23). Contudo, nem sequer o homicida perde a sua dignidade pessoal.
Deus não quer punir o homicida com um homicídio, pois prefere o arrependimento do pecador à sua morte. A lógica de Deus é a misericórdia.