Seguindo os passos de Jesus a Igreja não teme ser no mundo um sinal de contradição
Jesus veio ao mundo para salvá-lo, ensinando a verdade de Deus, que nos liberta e salva; por isso Ele é sinal de contradição.
Perguntou-lhe então Pilatos: És, portanto, rei? Respondeu Jesus: Sim, eu sou rei. É para dar testemunho da verdade que nasci e vim ao mundo. Todo o que é da verdade ouve a minha voz (João 18,37).
Quando os pais O levaram para apresentá-lo no Templo de Jerusalém, o velho Simeão profetizou: Eis que este menino está destinado a ser uma causa de queda e de soerguimento para muitos homens em Israel, e como um sinal de contradição, a fim de serem revelados os pensamentos de muitos corações (Lucas 2, 34-35).
Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com
Toda a vida de Cristo foi um constante sinal de contradição. Veio ao mundo como Rei, mas nasceu numa manjedoura pobre, fria e austera. Foi acolhido pelos pobres pastores e logo perseguido pelo rei Herodes. Dono do mundo, teve de deixar a terra natal e foi exilar-se no Egito para fugir da morte.
O preço da fidelidade a Cristo
Hoje se nota uma aversão a Cristo e à Igreja Católica porque ela é fiel a Ele e aos ensinamentos do Senhor.
Especialmente nas universidades se nota uma repulsa à Igreja Católica e às verdades que ela ensina.
Procura-se a todo custo – com muita mentira e maldade – mostrar aos jovens que a Igreja é obscurantista, como se fosse contra a ciência, destacando-se os erros dos filhos da Igreja sem mostrar a beleza de tudo quanto esta fez e faz pelo mundo.
Há no ocidente hoje uma verdadeira cristofobia.
A ditadura do relativismo
O Papa Bento XVI, desde o início do seu pontificado, condenou o que chama de ditadura do relativismo, corrente que quer proibir as pessoas de serem e pensarem diferente do que se chama hoje de “politicamente correto” (ser a favor do aborto, eutanásia, cultura marxista, casamento de homossexuais, coabitação livre, manipulação de embriões, útero de aluguel, inseminação artificial, sexo livre, camisinha, contracepção, etc.).
Dessa forma, vai se formando uma mentalidade, uma cultura social, no sentido de fazer, inclusive os cristãos, acharem “normal” essas imoralidades.
Leia mais:
:: Graça, vocação e identidade da Igreja
:: A caminho com o Papa Francisco
:: Qual é a verdadeira riqueza da Igreja?
:: Como ser um católico bem formado?
Começamos a ver jovens e adultos cristãos acharem que a Igreja está exagerando em suas exigências e que é preciso ser mais tolerante.
É bom lembrar que Jesus amava o pecador, mas era intolerante com o pecado. Vai e não peques mais, exorta-nos o Mestre.
Um sinal forte dessa cristofobia é o ataque como nunca se viu antes aos símbolos católicos. Temos visto livros, artigos, peças de teatro e filmes agressivos e blasfematórios contra a Igreja, contra Jesus Cristo e o sagrado.
Prega-se o ateísmo como se fosse ciência, e tenta-se reduzir a religião e a teologia a meras crendices de ignorantes. Por outro lado, as seitas orientais e cristãs se espalham no Ocidente como uma mancha de óleo no mar.
A Igreja quer apenas ser fiel a seu Senhor
Mas o pior de tudo é que esse pernicioso relativismo religioso e moral atingiu também a Igreja; contesta-se a palavra do Papa dentro dos seminários e universidades católicas.
Desobedece-se ostensivamente ao Magistério da Igreja, volta-se contra os seus ensinamentos morais e doutrinários.
Segmentos agressivos dentro da Igreja exigem mudar aquilo que há dois mil anos a Igreja vive e não muda, por determinação de Cristo e dos Apóstolos, como o sacerdócio para mulheres.
Essa insistência descabida, partindo de dentro da própria Igreja, contra o que ensina a sua sagrada Tradição, perturba a sua caminhada.
A Igreja quer apenas ser fiel a seu Senhor.