São Pedro e São Paulo sempre foram considerados as colunas da Igreja. São Pedro, o primeiro Papa, logo foi para Roma, e no coração do mundo implantou o cristianismo. Paulo levou o Evangelho da salvação aos gentios. Ambos morreram martirizados em Roma na perseguição de Nero, no ano 67.
Ali, onde está o túmulo de São Pedro, foi edificada a grande Basílica que tem o seu nome, e onde São Paulo foi decapitado, outra bela basílica que contém o seu túmulo. As escavações autorizadas pelo Papa Pio XII (1939-1958) mostraram que São Pedro foi enterrado na colina do Vaticano, ao pé do lugar da sua crucificação, que estava junto ao circo de Nero. São Paulo foi decapitado junto da via que leva a Óstia, em Três Fontes, e enterrado na propriedade de uma senhora piedosa chamada Lucina.
Foi o imperador Constantino que proibiu a perseguição aos cristãos, que construiu as basílicas dos dois Apóstolos. No século II, o presbítero Caio escreveu: “Eu posso mostrar-lhes o sepulcro dos Apóstolos. Se vieres ao Vaticano, se vieres à Via Ostiense, verás os gloriosos troféus dos que fundaram esta Igreja”.
Reflita sobre a vida desses grandes apóstolos Pedro e Paulo
A Liturgia deste dia nos convida a nos unirmos em espírito na mesma fé dos Apóstolos.
A memória da dedicação das basílicas dos santos apóstolos Pedro e Paulo é uma nova oportunidade, a quarta do ano, para refletir sobre a figura e a obra dos Príncipes dos Apóstolos e também sobre o culto excepcional a eles tributado através dos séculos.
São Pedro e São Paulo, induzidos pelas circunstâncias, tentaram fazer um pequeno balanço de tudo o que o Senhor havia operado por meio deles. Escrevendo “aos que haviam recebido o mesmo destino com a mesma fé preciosa pela misericórdia de Nosso Deus e Salvador Jesus Cristo”, entre outras coisas Pedro declara:
“Eu acho certo enquanto estiver nesta tenda do corpo, mantê-los atentos com minhas exortações, sabendo que logo deverei deixar esta tenda, como o Senhor me deu a entender, o Nosso Senhor Jesus Cristo. Procurarei que também após a minha partida vocês se lembrem dessas coisas. Com efeito, não foi seguindo fábulas sutis, mas por termos sido testemunhas oculares da sua majestade, que lhes demos a conhecer o poder e a vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo… Esta voz, nós a ouvimos quando lhe foi dirigida do céu, ao estarmos com ele no monte santo” (2Pd 1,13-18).
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Por sua vez, São Paulo confiava a “seu verdadeiro filho na fé”, são Timóteo: “Sou agradecido para com aquele que me deu força, Cristo Jesus, Nosso Senhor, que me julgou fiel, tomando-me para seu serviço… Superabundou, porém, para mim, a graça de nosso Senhor, com a fé e com o amor que há em Cristo Jesus… Se por esta razão me foi feita misericórdia, foi para que em mim, por primeiro, Cristo Jesus demonstrasse toda a sua longanimidade, como exemplo para quantos nele hão de crer, para a vida eterna”. (1Tm 1,12-16)
Martírio dos santos apóstolos Pedro e Paulo
Na qualidade de salvos, o ministério entre o povo de Deus e o supremo testemunho com o derramamento de sangue atraíram aos Apóstolos Pedro e Paulo um culto de que são clara manifestação as basílicas cuja dedicação hoje comemoramos. As basílicas foram construídas respectivamente, pelos papas Silvestre (314-335) e Siríaco (384-399).
Sobre essas basílicas famosas, disse Santo Agostinho: “Nós não construímos igrejas ou estabelecemos sacerdócios, ritos sagrados e sacrifícios, porque, não os mártires, mas Deus dos mártires, é que é o nosso Deus… Nós não construímos igreja para os mártires como se fossem deuses, mas como monumentos para homens que partiram deste mundo e cujas almas vivem em Deus. E não construímos altares para neles sacrificar aos mártires, mas ao seu Deus e ao nosso Deus”.