O jornal italiano católico Avvenire, relatou o caso da mãe italiana Elisabetta, de 34 anos, que manteve-se firme na decisão de ter o filho que esperava, apesar das indicações médicas pelo aborto. E nasceu, saudável, um menino de 1.550g, ao qual ela pôs o nome de Ricardo: porque, como disse, demonstrou ter “um coração de leão”.
Seu drama teve início quando, quase obrigada pela ginecologista de confiança, submeteu-se à amniocentese, ou seja, punção uterina para coleta de líquido amniótico, que é utilizada no diagnóstico de anormalidades genéticas do feto. A gestante sentia medo e não queria fazer esse exame invasivo, mas acabou cedendo.
Dois dias depois veio a tragédia: as membranas se romperam e ela perdeu o líquido amniótico. Estava na 20ª semana de gestação e, no pronto-socorro, o diagnóstico foi incisivo: “Deve abortar, não há nada mais a se fazer”. Os médicos alegaram má formação fetal e pediram-lhe para andar, a fim de acelerar o aborto.
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Mas ela conta: “Controlavam o coração do bebê, regular e constante. Não queria morrer. Seu cordão umbilical estava imerso no pouco líquido que sobrou”.
Quatro dias depois, o resultado do exame de amniocentese apontou: a criança é normal; é um menino sadio. Mas os médicos não aceitavam levar a gravidez adiante e queriam o aborto.
Elisabetta voltou para casa, sabendo que um pequeno coração pulsava dentro dela e não queria se entregar. No dia seguinte, ela foi ao Hospital Maria Vittoria, de Turim, onde foi atendida pelo Dr. Biagio Contino e contou-lhe tudo. Ele ouviu, atenciosamente, e disse: “Não quero iludir-me, não ouso esperar por um milagre, mas providencia sua internação e amnio-infusão, ou seja, a introdução do líquido no útero, juntamente com plaquetas e crioprecipitados extraídos do seu próprio sangue. A função será de cicatrizar, ao menos em parte, a grave laceração causada pela amniocentese. Serão três meses presa ao leito até a 32ª semana de gestação.”
Em 5 de abril, nasceu um bebê perfeito. Apenas teria que ficar na incubadora por 40 dias. Ela retirava o leite e o alimentava diariamente. No final de maio, ele pôde ir para casa.
Em entrevista ao jornal Avvenire, a mãe contou: “Ele é toda a minha vida! Ainda hoje, não me parece verdade eu poder apertá-lo em meus braços. Eis porque eu quis contar a minha história, para dizer às outras mães que não percam a esperança. Sobretudo, para levar a conhecer melhor os cuidados médicos graças aos quais meu filho pôde nascer. Três meses na cama não foram fáceis, mas saber que aquele coraçãozinho continuava a bater dentro de mim era uma recompensa ainda maior. Este lindo menino, que agora me sorri do seu berço, é o dom mais belo que Deus me poderia ter me dado”.
(Extraído do livro “Aborto?… Nunca!… 40 razões”)