Caminho de crescimento

O que é a maturidade afetiva?

O anseio da alma humana para o seu crescimento se expressa nessa contínua busca interior pela maturidade afetiva

Você já deve ter escutado, muitas vezes, a seguinte pergunta a respeito de uma pessoa que tem atitudes egoístas e impulsivas: “Será que fulano nunca vai crescer?”.

São Lucas escreve em seu Evangelho: “E Jesus ia crescendo em sabedoria, tamanho e graça diante de Deus e dos homens” (Lc 2,52). A exemplo de Cristo, precisamos trilhar um caminho de crescimento nas diversas áreas de nossa vida.

 

O que é a maturidade afetiva?

Para a maturidade ser autêntica, a pessoa precisa amadurecer por inteiro. Quando falamos em maturidade afetiva, espiritual, humana, relacional, cultural, social entre outras, é por uma questão didática, porque, na verdade, a pessoa amadurece em todas as suas áreas. Alguém é maduro quando essas áreas começam a funcionar e a interagir de forma a nos levar para o bem de Deus e para o bem do outro.

Quais os passos para alcançarmos essa maturidade?

Você quer quantos passos? Vamos dizer seis, está bem? Primeiro passo: oração profunda. Como diz monsenhor Jonas Abib: intimidade profunda com Deus. Segundo passo: intimidade profunda com Deus. Terceiro passo: intimidade profunda com Deus. Quarto passo: intimidade profunda com Deus. Quinto passo [você mesmo diz!]: intimidade profunda com Deus. E o sexto passo nós dizemos juntos: intimidade profunda com Deus, porque é daí que vem a verdadeira estatura de Cristo.

Ser maduro é ser um homem [e uma mulher] na estatura de Cristo, como está escrito em Efésios 4. E isso só pode vir de Deus, porque ultrapassa nossa capacidade humana. Ainda que, humanamente, conseguíssemos ser maduros, se nós não formos também maduros na parte espiritual, nós não seremos autenticamente maduros e não estaremos na estatura de Cristo.

 

O que impede uma pessoa de caminhar para a maturidade afetiva?

Tantas coisas, não é? Eu acho que a ignorância, no sentido de ignorar a vontade de Deus. Ignorar que a vontade d’Ele é que nós sejamos santos é um empecilho muito grande! Outro empecilho bastante desafiador é a vida passada da pessoa, a falta de reconciliação com o passado. Isso impede, muitas vezes, a maturidade. Outra coisa é a falta de quem acompanhe e ajude a pessoa a ser madura. E eu dou graças a Deus, porque quem está “no carisma” – como nós – tem mais facilidade de ter uma caminhada.

E para quem é batizado e está na Igreja – como nós também como batizados – temos na própria Igreja todos os instrumentos necessários para sermos maduros, pois ser maduro é ser santo. Então, temos os sacramentos, a Palavra de Deus, o serviço ao irmão e a oração. Tudo isso, realmente, ajuda-nos a tirarmos esses empecilhos.

Em que a maturidade dos afetos favorece, concretamente, a santidade de vida de uma pessoa?

Ser santo é amar a Deus acima de todas as coisas. Viver n’Ele. Viver para Ele. Viver d’Ele e ser inteiramente d’Ele. Aí está no que, concretamente, a maturidade influencia a santidade.

 

Maria Emmir Nogueira
Cofundadora da Comunidade Católica Shalom