Quantos planos bonitos e projetos brilhantes hão  fracassado ao longo da historia por falta de homens  e de ombros! Para a evangelização e transformação  do mundo, Deus necessita dos homens.
Necessita  instrumentos convencidos, comprometidos e  dispostos a dar tudo.  Muitos textos bíblicos nos falam daqueles que Deus  escolheu. 
O povo judeu é para Deus “um reino de  sacerdotes e uma nação santa”. É o povo eleito e  preferido por Deus entre todos os povos da terra, para levar adiante seus planos.
Dons são tarefas. Jesus chama aos seus apóstolos e  lhes entrega sua primeira missão. Devem anunciar a  grande notícia da proximidade do reino; e isso não  só por meio de palavra, se não também com sinais e  ações concretas.  Porque quando Deus elege é para dar uma missão.
Dons são tarefas. Por isso, o Senhor envia aos  apóstolos e lhes confia uma tarefa. E como os doze,  toda a Igreja é uma Igreja apostólica e missionária.
A Igreja não vive para si mesma, se não para ser luz  do mundo, para servir a humanidade inteira, para  salvar a todos os povos.  Também todos nós somos enviados.
Cada cristão é  um missionário. Esse tesouro imenso que  recebemos – a luz de Cristo e de seu Evangelho – é  para comunicá-lo a todos os homens. Como o Senhor nos indica cada cristão deve converter-se em  “sal da terra”, em “luz do mundo” e em “fermento  da massa”.
Não nos encerremos. Com efeito, Deus não criou a  Igreja para ser uma espécie de “clube seleto” de  almas privilegiadas, as que se permite acesso a  certos dons reservados. NÃO.
Desde um princípio, Deus há amado a todos os homens e há querido que  todos cheguem a seu coração de pai. E por isso criou  a Igreja ao serviço de toda a humanidade, como  instrumento e mensageira da Boa Nova de seu amor.
Os cristãos somos sem dúvida os prediletos de Deus,  porque havemos podido conhecer primeiro seu  Evangelho. Mas nosso privilégio é o de servir: de levar a  todos os homens aqueles dons que para todos estão destinados: para que o Evangelho  converta-se em luz do mundo; e para que penetre  não só os corações humanos, se não também a  vida da sociedade e sua cultura.  O Evangelho deve assim fermentar o mundo  inteiro para Cristo.
Deve vencer e sanear com  sua luz tudo o que haja de trevas e pecado nele.  Deve construir pouco a pouco essa grande  comunhão de amor que Deus deseja com todo o  gênero humano: para que todos os homens  cheguem a ser filhos seus e irmãos em Cristo.  
Recebemos uma luz em nosso batismo. Por  isso, a Igreja não é uma ilha, uma família  encerrada em si mesma, para gozar do amor que  une seus membros.
A ela pertencemos para levar sua luz a todos os homens, para iluminar o caminho de todos rumo a Cristo. Os cristãos não podem permanecer enclausurados em suas comunidades ou movimentos. Estes devem ser não só seu lar e laboratório de formação, se não também seu lugar de envio. O lugar desde o qual partimos rumo aos homens, para iluminar com a luz do evangelho os problemas, as alegrias e as esperanças de suas famílias, de seus bairros, de suas escolas, fábricas ou escritórios.
“Ninguém acende uma luz – diz o Evangelho – para escondê-la debaixo de um recipiente, se não para colocá-la sobre um castiçal para que ilumine toda a casa”. No dia de nosso Batismo, todos nós recebemos uma luz – símbolo da missão da Igreja – que a partir desse momento se convertia em missão pessoal de cada um.
                    



