Em seus habituais artigos semanais, o Cardeal Eugênio de Araújo Sales, Arcebispo emérito do Rio de Janeiro, denunciou que promover o preservativo sob o falso título de sexo seguro é uma ofensa contra a verdade. O Cardeal declarou ser frequente, especialmente na época do carnaval, o lançamento de campanhas de distribuição de preservativos sob o título de sexo seguro, sobretudo contra o vírus da AIDS.
Com aplausos em nível internacional – disse o Cardeal – o Brasil se apresenta hoje como um modelo a ser seguido na luta contra a propagação deste terrível mal. A tônica utilizada através da mídia é a de que já se alcançou o dito sexo seguro. Toda a campanha se concentra exclusivamente neste método, isto é, no preservativo.
Segundo o Cardeal Sales, esta exclusiva escolha pelo método do preservativo, preferindo-a a outros métodos, parece muito estranho, principalmente por estar em jogo a vida humana. Diante da gravidade da epidemia, é incompreensível que organismos destinados a preservar a saúde, em suas informações, omitam ou deixem em semi-obscuridade a abstinência sexual ou, ao menos, o parceiro único. Não nos esqueçamos de que a promiscuidade sexual é um dos fatores mais importantes na difusão desse vírus
Contudo, o preservativo – adverte o Cardeal – chamado sexo seguro, na verdade, nem sempre o é. Todas as vezes que se rompe o látex, usado por alguém infectado, uma vida humana fica exposta. E o responsável por esse desastre escapa à punição. À respeito, o Cardeal comenta que existem alguns indícios de uma mudança de mentalidade, mas lamentavelmente elas ainda não foram bem recebidos no Brasil.
O Arcebispo emérito menciona, como exemplo, que o Senado de Nova Jersey acaba de aprovar uma lei que estabelece um adequado plano de promoção da abstinência sexual entre os alunos das escolas públicas, como única maneira confiável para evitar a gravidez precoce e as doenças decorrentes de relações sexuais, principalmente a AIDS. O Cardeal comenta, além disso, outra investigação realizada com o Serviço Médico do Exército francês, que vinha repartindo preservativos à pessoas de outros lugares desde 1989. Anos depois – explica o Cardeal Sales – , os resultados desse estudo mostram que eles não dão uma proteção absoluta.
Quantos teriam evitado a contaminação por uma doença ainda sem cura – mortal, portanto -, se não tivessem sido enganados!, exclama o Cardeal; e declara que uma campanha que apresenta o preservativo como estímulo ao sexo livre, promove a epidemia e recebe os aplausos dos que advogam o direito à sexualidade sem restrições. Quem prefere assegurar a vida, mesmo não sendo cristão, pratica a abstinência sexual ou decide firmemente por um parceiro único e imune ao vírus. Quem viajaria de avião, se, ao entrar no aeroporto, uma faixa anunciasse que somente 87% dos passageiros chegaria ao destino com vida?
Contudo, o preservativo – adverte o Cardeal – chamado sexo seguro, na verdade, nem sempre o é. Todas às vezes que se rompe o látex, usado por alguém infectado, uma vida humana fica exposta. E o responsável por esse desastre escapa à punição. À respeito, o Cardeal comenta que existem alguns indícios de uma mudança de mentalidade, mas lamentavelmente elas ainda não foram bem recebidos no Brasil.
Não me dirijo somente aos católicos, mas a todas às pessoas que necessitam de uma palavra segura, independentemente do credo religioso que professam. Essas pessoas também devem ser instruídas para que evitem a pena de morte pelo vírus que ameaça a Humanidade, disse o Cardeal Sales. E conclui: A proposta de um sexo seguro usando o preservativo fere a verdade. Mesmo os que não são cristãos também têm o direito de serem advertidos para a realidade. Por isso, vale para todos a norma do parceiro único, da fidelidade conjugal e jamais deixar-se ser objeto de uma propaganda que envolve uma inverdade. O preservativo apresentado como seguro – e não é – termina por fomentar a epidemia.
Fonte: ACI