Era uma vez um jovem que se perguntava onde poderia se esconder a felicidade e qual seria o melhor modo de encontrá-la.
Relegado, tantas vezes, a segundo plano nas preocupações e tendências do mundo, esse jovem não se enquadrava a nenhum tipo de sistema que lhe era apresentado. Não se deixava anestesiar com os gozos efêmeros oferecidos pelo mundo.
Queria, assim como o jovem rico (Mt 19,16), um sentido verdadeiro para sua vida, formar um quadro de valores indissolúvel, ou seja, um ideal de vida para lutar.
Queria saber o que era bom e, até que enfim, obteve a resposta: Bom somente Deus (Mt 19,17). Descobriu não só que Deus é Bom, mas sim que Ele é fonte de todo o Bem e para onde todo o Bem deve convergir.
Tentou, ao descobrir esse verdadeiro Bem, espalhar ao mundo a sua linda experiência-descoberta só que encontrou, rapidamente, obstáculos imensos para que a mesma não fosse repassada.
Justiça, paz, amor, união e fraternidade são paradigmas considerados inconvenientes e inadequados a uma sociedade individualista, egoísta e basista (egocentrismo coletivo). Desde já foi grande sua decepção com tantas opressões, injustiças e discriminações que ele presenciou depois que abriu os olhos.
Ele viu, então, que lutar por esse Bom Projeto significava, antes de tudo, duvidar de tudo o que é certo, remar contra as correntes e desafinar do coro dos contentes, ou seja, tentar mostrar um novo modelo de vida firmado em valores morais sólidos e consistentes e não em sexo, drogas & rocking roll.
Não convém a uma juventude ser considerada adulta antes que assim o seja e só será quando souber discernir e absorver o melhor daquilo que lhe é imposto como regra de vida tipo quebra dos bons costumes, naturalidade do adultério, conformidade com a corrupção, acomodação em relação aos excluídos e desrespeito à dignidade humana.
Com o exemplo desse jovem podemos ver que a alienação é um grande espírito imundo que nos afasta da Verdade. A Evangelização deve, também, comportar o anúncio e a proposta moral. É necessário para avaliarmos melhor as nossas atitudes uma consciência reta e a noção de liberdade com responsabilidade.
Deus abandonou o homem nas mãos de sua própria decisão (Eclo 15,14), para que pudesse ele mesmo procurar seu Criador e chegar assim à feliz perfeição (CIC 1743).