A visão de São Bento da alma de São Germano ascendendo aos céus foi na realidade somente parte de uma experiência mística muito maior. Eis como nos conta São Gregório:
‘São Bento, se antecipava a hora da oração noturna de pé, junto a janela, e orava a Deus onipotente. E aconteceu que, viu projetar-se do alto uma luz que, difundindo se em redor, afugentava todas as trevas da noite e brilhava com tanto fulgor que, resplandecendo no meio da escuridão, era superior à do dia. Nessa visão sucedeu um fato maravilhoso, porque, como ele mesmo contou depois, apareceu diante de seus olhos o mundo inteiro como recolhido em um único raio de sol.’
Depois então ocorreu a visão da alma de São germano já descrita. Não se pode compreender com a inteligência tal expansão da alma, nem pode se expressa-la em palavras, porém São Gregório tentou assim definir a Pedro, seu interlocutor:
‘Para a alma que vê o criador é bem pequena a criação inteira. Por pouco que ela veja da luz do criador, tornasse minúsculo tudo o que é criado. Por que na claridade da contemplação interior dilata-se a capacidade da alma, a sua expansão em Deus é tal que se torna superior ao mundo’.
São Bento era um místico, sua natureza interior era santa, pois era expansiva em sua contemplação e coaguladora em sua obra. Assim tantos se uniram a ele e lhes perscrutava os corações e lia seus pensamentos pois participava da intimidade da natureza de tudo e de todos.
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