Pode haver vantagens, como toda ditadura, às vezes, tem. Por isso, nem a esquerda nega totalmente a necessidade da globalização. A mãe Rússia também queria isso no tempo do marxismo que também era globalizante. As religiões por seu turno também pregavam e ainda pregam um só rebanho e um só pastor, não do jeito que Jesus falou, mas do jeito de seus líderes de agora. Não dizem que todo mundo tem que crer exatamente do jeito deles? Por isso, a idéia da globalização até que não desagrada a certas esquerdas ou a certas religiões. No fundo todos queremos o mundo pensando e agindo do nosso jeito.O chato é que quando alguém do lado oposto consegue isso, então a gente vira democrata o mais depressa possível. Conosco seria progresso, com os outros vira ditadura! Já vimos este filme.
O sonho de todos os povos é viver sem que alguém lhes diga como viver. O neo-liberalismo de agora faz exatamente o inverso. Deixa claro o que é viver corretamente. Se estão mais ricos, deve ser porque acertaram mais. Se acertaram mais, então sabem mais. Conseqüentemente, os mais pobres são mais pobres porque erraram demais nas suas decisões. Logo, devem aceitar o FMI para errar menos… O dogma parece ser esse: estamos mais ricos porque somos mais competentes. Então aceitem nossas regras.
Se as religiões também se colocarem à serviço dos novos dogmas, então o mundo conhecerá o que nunca imaginou: a escravidão global. E ai do grupo que se opuser a ela. Será esmagado, acusado de não ter cultura e querer voltar ao passado, porque cultura agora é globalizar, massificar, uniformizar, desestatizar, vender para particulares, uniteralizar, submeter, anular, largar a fonte pura do quintal e beber da água encanada ou engarrafada dos
outros porque garantem que a nossa tem coliformes fecais. Estamos virando
nações cujo capital tem coliformes fecais. Para ter saúde precisamos
importar, a conselho do FMI, o capital sem coliformes dos nossos irmãos do
Norte.
Hitler quis a mesma coisa, só que não conseguiu ser tão simpático. Não deu
nada em troca! Nós, porém, temos Coca-cola, MacDonald, Jeans e Heavy Rock e
uns 10 mil outros produtos vendidos de maneira simpática que Goebbels, o
propagandista de Hitler jamais imaginaria.
Fiquei sabendo esta semana que o antigo Bar do Dinho mudou seu nome para
Dinho s Bar. É que Bar do Dinho soava mal. Já, Dinho s Bar o tornava mais
globalizado e ele podia cobrar um pouco mais para certas bebidas com nome
americano. Argumentou que um Maria Sangrenta valeria bem menos do que um
Blody Mary que lá, passa dos 4 reais… A idéia central parece ser essa:
Americanize e cobre em dólares. Até porque, para a grande maioria,
globalizar é americanizar… Na maioria dos casos, fala-se de economia
global, mas pensa-se nos Estados Unidos… Lembram-se da Águia Romana?
Mudou-se para Washington. Faz tempo!