O que sei sobre a Paz é que ela parece uma construção, que precisa ser feita todos os dias e por muita gente. O que aprendi sobre a Paz é que é preciso sonhá-la e semeá-la como jardineiro, e construí-la como pedreiro. E às vezes é preciso começar como servente de pedreiro.
O que sei sobre a Paz é que ela não é um ato isolado, deste que a gente faz de vez em quando, como se fosse festa ou imposição das circunstâncias. O que sei sobre a Paz é que ela não é uma experiência passageira, dessas que são muito interessantes e bonitas na hora, mas que depois não influenciam em nada a nossa vida.
O que sei sobre a Paz é que ela precisa ser constante, cotidiana, permanente, teimosamente repetida até que se torne um hábito. A gente deveria sentir-se mal quando não a promove. O que sei sobre a Paz é que ela é como um grande amor, ao qual a gente se apega tanto que não consegue ficar longe, nem passar um dia sem algum gesto especial de carinho.
O que sei sobre a Paz é que, como um bom hábito de muitos anos, quem a vive não consegue se imaginar sem aquele gesto ou aquela atitude. A vida fica mais pobre sem ela. O que sei sobre a Paz é que ela não é tarefa de fazer as coisas pelos outros e sim atitude de ser alguém na vida dos outros. Não é denúncia, nem agressão, nem luta, nem combate, nem discursos, nem festinhas beneficentes, nem shows para levantar fundos, nem encontros para debater e assinar tratados.
Ela aceita isso… mas não é isso!