Para São Paulo, a visão da Igreja como o Corpo de Cristo era algo de muito importante, onde Cristo, como Cabeça, rege, comanda, nutre e mantém todo o Corpo. São duas realidades inseparáveis. No hino a Jesus Cristo, que escreveu na Carta aos Colossenses, depois de mostrar toda a eminência de Cristo, ele afirma:
“Ele é a Cabeça do Corpo, da Igreja” (Col 1,18).
“Porque aprouve a Deus fazer habitar Nele toda a plenitude e por seu intermédio reconciliar consigo todas as criaturas” (Col1,19).
Santo Agostinho (354-430), meditando o Mistério Cristo-Igreja, se referia a Ele como o “Christus totus”, o “Cristo total”, a Igreja una com Cristo. E dizia aos fiéis:
“Alegremo-nos, portanto, e demos graças por nos termos tornado não somente cristãos, mas o próprio Cristo. Compreendeis, irmãos, a graça que Deus nos concedeu ao dar-nos Cristo como Cabeça? Admirai e rejubilai, nós nos tornamos Cristo. Com efeito, uma vez que Ele é a Cabeça e nós somos os membros, o homem inteiro é constituído por Ele e por nós. A plenitude de Cristo é, portanto, a Cabeça e os membros; que significa isto: a Cabeça e os membros? Cristo e a Igreja” (CIC nº 795).
A condição para se participar na vida do Corpo é estar ligado à Cabeça “da qual todo o corpo, pela união das junturas e articulações, se alimenta e cresce com o crescimento dado por Deus” (Col 2,19).
Desta verdade podemos ver também a importância de estarmos ligados e submissos ao Papa, que é a Cabeça visível do corpo de Cristo.
São Gregório Magno (540-604), assim exprimiu esse mistério: “Nosso Redentor mostrou-se como uma só pessoa com a Santa Igreja que Ele assumiu”.
São Tomás de Aquino disse o mesmo: “Cabeça e membros são como que uma só pessoa mística”.
Santo Inácio de Antioquia ( 110), bispo e mártir do primeiro século, dizia que:
“Onde está Cristo Jesus, está a Igreja Católica”.