Por que será que em algumas famílias, há pessoas que morrem, todas elas com a mesma doença? Você já ouviu falar de famílias em que todas as gerações, houve alguém que morreu de problemas do coração? Ou de famílias inteiras perdidas no ocultismo e nas falsas doutrinas? Ou então de pessoas que temem quando algum dos seus vai viajar, porque naquela casa acontecem muitos acidentes de carro e muitos deles fatais?
Muitos desses problemas podem ser sanados quando oramos para a cura entre as gerações, uma das muitas áreas do ministério de cura. Graças a Deus, ao aprofundamento da fé e ao avanço da ciência, muitos irmãos têm sido agraciados com os benefícios deste poderoso ministério.
A cura entre as gerações é para nós cristãos, uma oportunidade de nos libertar das influências familiares negativas do passado que podem estar repercutindo em nossa vida. Um grande avanço do ministério de cura já havia sido a cura intra-uterina, isto é, rezar pela nossa cura desde o momento da concepção, passando por todo o tempo de gestação, até o nosso nascimento. Outro grande abraço foi a cura pelas etapas da nossa vida, pedindo para Jesus que é o mesmo ontem, hoje e sempre, visitar cada momento do nosso viver, curando-nos nos momentos traumatizantes, tristes ou doloridos. Mas, em certo momento percebeu-se que era preciso buscar, além dos vivos, o problema dos vivos. Foi aí que surgiu a cura entre gerações.
Cuidado! Não se trata de regressão, às vezes usada em alguns consultórios como parte integrante de terapia. Cura entre gerações também não é terapia de vidas passadas (pois só se vive uma vez e logo após vem o juízo). Cura entre gerações também não tem nada a ver com Espiritismo, evocação dos mortos ou ocultismo. Aos seus amados, Deus não os permite. Na verdade, os proíbe (Dt 18,11-12). Quando falamos de cura entre gerações, temos o respaldo da Sagrada Escritura (Rm 7,15; Ez 18,2; Lm 5,7; Ex 20,5-6), da tradição da Igreja (é costume antiqüíssimo da Igreja rezar pelos mortos) e da ciência. Só para citar, Santa Teresa dÁvila e Santo Tomás de Aquino falam de benefícios para os vivos quando a Eucaristia é oferecida pelos mortos.
A cura entre gerações sugere a possibilidade de os atos e efeitos negativos de nossos antepassados poderem de algum modo entrar em nosso sangue e pesar sobre nossa vida e gerações futuras. Trata-se de curar e libertar a ligação com essas raízes perturbadoras. Em poucas palavras, cura entre gerações é a cura dos vivos, através da oração pelos mortos.
Também não se trata de colocar todas as nossas culpas nos nossos antepassados. A cura entre gerações é apenas um dos muitos meios dos quais Deus pode se utilizar para nos curar e libertar. Mas atenção: não importa o quanto os nossos antepassados possam ter nos influenciado. Há sempre oportunidades para escolhermos padrões sadios de comportamento, não importa sob que circunstâncias. Quando eu peco, todo o Corpo de Cristo é prejudicado. Da mesma maneira, quando faço algo de bom, todo o Corpo é beneficiado. Quando me santifico, elevo o mundo! Isto também acontece nas famílias. A verdade é que estamos mais enraizados uns nos outros do que imaginamos.
Coisas boas e ruins trazemos dos nossos antepassados. Carregamos heranças físicas ou biológicas, espirituais, emocionais e psíquicas. Herdamos cor e tipo de cabelo, cor dos olhos, estatura, habilidades, jeito de ser… Podemos, assim, ser herdeiros, de nossos antepassados, de doenças como câncer, diabetes, doenças do coração, pressão alta, maus dentes, bem como de males espirituais, que podem ir desde a falta de oração até o ateísmo. O mesmo se diz dos males psíquicos: tendências suicidas, crimes, timidez, famílias inteiras mafiosas ou com vícios.
Mas não é preciso ninguém se assustar. Se estamos falando de herança ou de bagagem física ou espiritual ou de qualquer ordem, é porque é algo que se repete muito e, assim sendo, começou em algum lugar. Tem também que terminar… É então, uma oportunidade que temos de pedir ao Senhor que Ele nos liberte. Pela cura entre gerações, cada um de nós levanta a bandeira da misericórdia divina para nossas famílias. Tornamo-nos porta de entrada para a libertação dos nossos familiares e por conseguinte, a nossa própria libertação.
Ore mais ou menos assim: Em nome de Jesus e por sua autoridade, eu venho contra esta herança negativa ou maldição (pode citar o mal que se tem conhecimento…). Invoco o Preciosíssimo Sangue de Jesus e quebro esta herança negativa ou maldição sobre minha família ou pessoa, no nome de Jesus. Amém.
E não se esqueça de levar uma vida íntegra perante Deus e os homens, bem como de, na Santa Missa, orar por você e pelos seus. A Santa Missa é o que de melhor há pelos vivos e pelos falecidos.