‘Não se conformem com um mundo de injustiça, de guerra, de ódio
’.
Paguem com vossa própria pessoa, se necessário
para construir uma civilização diferente’.
Quem teria pensado, há pouco mais de um ano daquela inesquecível noite do Jubileu da Juventude, que nos encontraríamos fazendo as contas com o atentado das Twin Towers, com a guerra no Afeganistão, com a interminável violência na Terra Santa com novos muros entre os crentes em Deus?
Nesta hora o Papa nos recorda os nossos aplausos de Tor Vergata: ‘vocês disseram sim, acreditaram; agora é preciso arregaçar as mangas!.
E está ele como sempre na primeira linha.
Eis o sentido deste percurso para o diálogo e para a paz: ser um gesto concreto, num momento difícil, para as nossas esperanças, para os sonhos que Deus nos colocou no coração. Nos encontramos juntos, nas paróquias, com os amigos, na escola, no lugar de trabalho, na faculdade, em grandes encontros
fazendo algo de concreto:
jejuamos para nos convertermos do nosso modo egoísta de viver e para doar alguma coisa às vítimas da injustiça; rezamos para acolher a força do Espírito e descobrirnos capazes de mudança; refletimos para conhecer as causas do mal e as vias da paz; nos empenhamos para dar ao mundo sinais de esperança.
O percurso quer ser uma ajuda neste caminho e um convite a participar dos eventos que estiverem ao nosso alcance.
O Centro do percurso é a jornada de Assis, no dia 24 de janeiro. Será um evento memorável, capaz de inverter a espiral da dissidência entre os fiéis e voltar a história para a direção da paz.
Recordo-me do dia 27 de outubro de 1986? Parecia utopia; ao invés três anos depois o mundo estava diferente.
Essa data ficou marcado na história porque foi a primeira vez que um Papa se encontrou com líderes religiosos de toda a terra e deixaram Assis, cidade do homem que mais se aproximou da santidade de Jesus, de mãos dadas e dando sinais de esperança de que um dia ‘seremos todos um’.
É hora de estarmos também nós, jovens de todo o mundo, ao lado do Papa, rezando pelo diálogo e a paz. Hoje, nós jovens devemos jejuar, rezar e pedir a Deus que nos inspire no gesto concreto de amor que precisamos fazer aos mais pobres.
Milhares de jovens, irmãos nossos, estarão em Assis na noite do dia 23 de janeiro próximo para uma vigilia noturna, em comunhão com tantos jovens de todas as partes da Itália, da Europa e do mundo; no dia seguinte viveremos juntos a jornada de oração dos representantes das religiões do mundo.
Como nos pediu o Papa no ano passado em Tor Vergata Não podemos nos conformar com o que estamos assistindo, custe o que custar, devemos entregar nossas vidas até que prevaleçam as vias da justiça e da paz.