O Ministério da Saúde já está inaugurando as primeiras 400 “máquinas de camisinha”, nas escolas públicas, segundo o anúncio do Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, durante o 7º Congresso Brasileiro de Prevenção das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e Aids, em Florianópolis (SC). O encontro foi promovido pelo Programa Nacional de DST/Aids do Ministério da Saúde.
A Igreja não concorda em hipótese alguma com esta medida imoral e inócua. E os nossos Bispos, bem como o Papa, já se manifestaram muitas vezes contra o uso e a distribuição de “camisinhas” para os jovens, por se tratar de um procedimento imoral e que fomenta o uso irresponsável do sexo, deseduca o jovem e faz aumentar ainda mais a contaminação pela AIDS e também há o aumento do número de meninas grávidas, como mostram alguns especialistas.
É uma tristeza e uma vergonha que se estimule, mesmo que indiretamente, os nossos filhos à promiscuidade sexual. O jovem cristão jamais deverá usar uma camisinha pelos seguintes motivos:
1 A vida sexual deve ser vivida apenas no casamento de um homem com uma mulher (cf. Gen 2, 24) unidos em matrimônio. Fora disso, a vida sexual é pecaminosa (fornicação ou adultério);
2 O ato sexual entre os casais deve sempre estar aberto à vida, e não ser impedido por meios artificiais, como a camisinha. Seu uso é imoral em qualquer situação;
3 Está mais que comprovado que a camisinha não proporciona o tal sexo seguro; muitos pesquisadores afirmam que o vírus da AIDS, por ser cerca de 500 vezes menor que um espermatozóide, pode passar através do látex da camisinha, especialmente quando há problema de vencimento do prazo, má conservação, más fabricações, etc.
Uganda é o único país da África que conseguiu até hoje baixar consideravelmente o número de contaminados pelo vírus da AIDS com uma campanha de fidelidade conjugal e de abstinência sexual antes do casamento. A castidade mostrou os seus frutos. A contaminação caiu de 26% para 6%. Por outro lado, a África do Sul, está com 30% da população contaminada, mesmo com o derramamento de milhões de camisinhas sobre a população.
O Papa João Paulo II assim se expressou sobre a “camisinha”: “Além de que o uso de preservativos não é 100% seguro, liberar o seu uso convida a um comportamento sexual incompatível com a dignidade humana… O uso da chamada camisinha acaba estimulando, queiramos ou não, uma prática desenfreada do sexo … O preservativo oferece uma falsa idéia de segurança e não preserva o fundamental” (Pergunte ao Papa, Augusto Silberstein, Legnar Informática e Editora Ltda, SP, pg. 57).
O filósofo francês, católico, Paul Claudel disse certa vez que: “A juventude não foi feita para o prazer, mas para o desafio”. Se você quer um dia construir uma família sólida, um casamento estável e uma felicidade duradoura, então precisa plantar hoje, para colher amanhã. Ninguém colhe se não semear. Na Carta aos Gálatas, São Paulo diz: De Deus não se zomba. O que o homem semeia, isto mesmo colherá” (Gl 6,7).
A gravidade do pecado da impureza é que mancha o Corpo de Cristo. “Ora, vós sois o corpo de Cristo e cada um de sua parte, é um dos seus membros” (1Cor 12,27), diz São Paulo, “… assim nós, embora sejamos muitos, formamos um só corpo em Cristo, e cada um de nós somos membros uns dos outros” (Rom 12,5).
Já é hora de voltarmos a falar aos jovens, corajosamente, sobre a importância da castidade e da virgindade. A família cristã, diante deste mundo paganizado, é chamada a dar testemunho dessas verdades. Também sobre a homossexualidade, os pais têm o dever de ensinar os filhos o que a Igreja ensina. Muitos pais já estão sendo levados a ser “tolerantes” com o pecado de seus filhos. Isso fere a moral católica e a lei de Deus. Vale a pena recordar as sérias advertências de São Paulo:
“Ou não sabeis que o vosso corpo é templo do Espírito Santo que habita em vós, o qual recebestes de Deus, e que, por isso mesmo, já não vos pertenceis? Porque fostes comprados por um grande preço” (1 Cor 6,19).
“O corpo, porém não é para a impureza, mas para o Senhor e o Senhor para o Corpo: Deus que ressuscitou o Senhor, também nos ressuscitará a nós pelo seu poder” (1 Cor 6,13).
“Glorificai, pois, a Deus no vosso corpo” (1 Cor 6,20).
“Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá. Porque o templo de Deus é sagrado – e isto sois vós (1 Cor 3,16-17).
Mahatma Gandhi, que libertou a Índia, e que não era cristão, mas amava Jesus, disse essas belas palavras:
“A castidade não é uma cultura de estufa… A castidade é uma das maiores disciplinas, sem a qual a mente não pode alcançar a firmeza necessária”. “A vida sem castidade parece-me vazia e animalesca”. “Um homem entregue aos prazeres perde o seu vigor, torna-se efeminado e vive cheio de medo. A mente daquele que segue as paixões baixas é incapaz de qualquer grande esforço” (Tomás Tochi, “Gandhi, mensagem para hoje”, Ed. Mundo 3, SP, pp. 105ss, 1974).
Os homens e mulheres que mais contribuíram para o progresso do ser humano e do mundo foram aqueles que souberam dominar as suas paixões, e, sobretudo, viver a castidade. Fico impressionado ao observar como têm vida longa, por exemplo, a maioria dos nossos bispos católicos, e tantos sacerdotes que sempre guardaram com carinho a castidade. Se ela fosse prejudicial à saúde, não teríamos tantos bispos, padres e freiras, tão idosos, felizes e equilibrados.
Santo Agostinho dizia: “Se queres ser feliz, sê casto”.
O Estado é laico, mas o povo brasileiro é católico em sua maioria. Isso é comprovado pelo Instituto de Pesquisa do próprio governo, o IBGE. Então esse bom povo católico tem o direito de que os seus filhos recebam uma educação pública de acordo com os seus bons costumes, que moldaram a nossa civilização, sem imoralidades. Por isso, é dever e direito dos pais protestarem ordenadamente contra esse absurdo implantado em nossas escolas. Se não o fizerem, seus filhos serão moldados pela mentalidade neopagã que domina cada vez mais a sociedade e o Estado.