Na medida em que fazemos a experiência de, gradativamente, ir conhecendo a Igreja e a mensagem que ela propõe, mais temos a oportunidade de nos encantar e nos apaixonar por ela. Cada vez mais se evidencia a verdade expressa pela Sagrada Tradição, ao dizer que a Igreja é “Mater Eclesia”, ou seja, que é a mãe de todos os homens.
É muito belo contemplar a ação da Igreja que, como mãe , estende os braços e acolhe a todos; principalmente os filhos mais necessitados. Enxerga-se isso de maneira muito concreta na Campanha da Fraternidade deste ano, em que a mãe Igreja chama a atenção de toda a sociedade para a realidade da Amazônia, esse complexo de beleza e vida, e, simultaneamente, caos. Pois, ao mesmo tempo em que ela corresponde a uma enorme fonte de riquezas naturais, compreendendo uma vasta biodiversidade, ela também traz em si um infeliz histórico de abandono social, de exploração, miséria, prostituição, desmatamento, entre outros.
É preciso que nos conscientizemos que esse é um problema nosso, é algo que deve ser discutido por toda a sociedade.
São nossos irmãos índios, que precisam ser tratados com respeito e dignidade. São diversos colonos, posseiros, ribeirinhos, entre outros povos que habitam esse solo e que precisam de saúde, alfabetização, trabalho e condições dignas de vida. E que, sobretudo, precisam de evangelização, que se expressa na manifestação do amor e acolhimento para com eles.
São nossas riquezas que precisam ser usufruídas para o bem do homem, porém, sem destruir o grande lar dado por Deus, que é a natureza. Preservar o meio ambiente é também uma maneira de evangelizar; evitar queimadas é um gesto concreto de amor. Nossos recursos naturais não são eternos, e cuidar deles é um imenso gesto de caridade para com o próximo.
Aproveitemos esse tempo da Quaresma, que é um tempo de reflexão e iniciativas, para assumirmos com a Igreja esse compromisso de conscientização e de luta em prol da dignidade humana.
“Fraternidade e Amazônia”, “vida e missão neste chão”; esse é o nosso desafio, nosso compromisso, nosso clamor neste tempo propício.
Deus abençoe!